quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

MÍDIA CORPORATIVA, PARCEIRA DA ELITE ENTREGUISTA: monopólio, mentira e parcialidade Alder Júlio Ferreira Calado Ao tecermos críticas à mídia corporativa, não devemos ignorar o fato de que, mesmo sendo parte integrante do sistema capitalista, comporta também exceções, devidas sobretudo a alguns de seus profissionais. Um desses casos de vê com a postura profissional da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, ao denunciar as fake news disparadas por gente próxima do então candidato Jair Bolsonaro. Mas, isto é exceção. O posicionamento da mídia corporativa - rádio, televisão, jornal redes sociais - acerca da recente mobilização da FUP ( Federação Única dos Petroleiro), a qual se vem associando outras entidades representativas dos Trabalhadores e Trabalhadoras na área do petróleo, no Brasil, constitui apenas mais um exemplo de como se comporta a mídia corporativa, umbilicalmente associada e a serviço dos interesses da Elite entreguista, presente no atual desgoverno, bem como nas grandes corporações transnacionais do capital nacional e internacional, em especial, as que atuam na área do petróleo. Faz 18 dias que os Petroleiros se acham mobilizados desde a inviabilização pela atual direção entreguista da Petrobras, das negociações entre os trabalhadores e a empresa, quando ainda se punham a mesa de negociações, em sessão abruptamente suspensa - e de maneira unilateral - pelos dirigentes da Petrobras, fugindo assim ao diálogo entre as partes, impondo aos trabalhadores Petroleiros uma imperiosa reação. Após a abrupta interrupção, pela direção da Petrobras, das negociações então em curso, os trabalhadores não tiveram outra opção senão a de permanecerem na sala de negociação, em claro testemunho de seu desejo de continuidade das negociações. Tal posição dos dirigentes dos Petroleiros foi em seguida, reconhecida como legítima por um juiz a quem os patrões da Petrobras recorreram. Não havendo continuidade de negociação, o conjunto da categoria, apoiado por tantas outras entidades, vem se mobilizando, desde então, em busca de que a direção da Petrobras volte as negociações e reconheça o justo pleito dos Trabalhadores que, aliás, não se batem apenas por interesses exclusivamente seus - no caso, protestarem contra demissão gratuita de cerca de 1000 Trabalhadores -, mas também de, como cidadãos para defenderem a Petrobras hoje, mais do que nunca, ameaçada de dilapidação, a serviço de grandes empresas petrolíferas internacionais, configurando uma posição claramente entreguista e antipatriótica dos desmontes das riquezas do Brasil - no caso, os ricos recursos petrolíferos do pré-sal - aos grandes grupos internacionais que atuam na mesma área. Só muito recentemente, porém, é que a mídia corporativa, que esteve, durante semanas, a silenciar este fato, toma finalmente a decisão de notícia-lo, mas apenas na versão que interessa exclusivamente aos seus patrões ou aos seus parceiros de uma elite entreguista. Durante essas mobilizações pelo País, desencadeadas pela ruptura unilateral pelo diálogo de negociação, os petroleiros tiveram uma iniciativa deveras criativa e pedagógica: a de, em uma de suas manifestações de protesto na Bahia de venderem botijões de gás de cozinha ao preço de 35 reais contra o preço fixado pela petrobras - de 70 reais ou mais, demonstrando assim os critérios injustos da política de preços de combustíveis seguido pela Petrobras a partir do desgoverno Temer e do atual desde a nomeação de Pedro Parente, que alterou profundamente a política de preços vigente, a décadas. Fato também não noticiado pela mídia corporativa, refém que é da elite entreguista que a financia e à qual serve. Após a descoberta do Pré-sal brasileiro vêm recrudescendo de modo crescente os ataques feitos pelas grandes corporações petroleiras internacionais, notadamente as originárias nos Estados Unidos, dando sequência mais agressiva a persecução de seus interesses empresariais.Para tanto, como em tantos outros casos contam a cumplicidade do Governo Estadunidense. Assim como em relação a Venezuela, cresce a cobiça pelo controle da produção de petróleo produzida no Brasil. Daí as constantes investidas imperialistas, feitas de estratégias as mais diversas (desde as famigeradas “FakeNews” passando pela espionagem ao controle dos governos de plantão transformados em meros títeres. Neste circuito de pilhagem, qual o papel reservado, tradicionalmente, e hoje mais do que nunca, à mídia corporativa? Tornou-se célebre a afirmação - com a qual não concordamos - de que a mídia constitui o “Quarto Poder”. Ao reconhecer o papel eficaz que a mídia corporativa exerce, a serviço dos interesses do Capitalismo, em especial a do setor financista, importa reconhecê-lo sobretudo, como um parceiro do grande capital, razão porque assume servilmente os papéis mais sujos que a lógica da barbárie capitalista lhe impõe. Com efeito, a mídia corporativa, regiamente financiada pela Elite entreguista, trata de “cumprir bem” o seu papel. Pior é quem tenta fazê-lo de um jornalismo ético e imparcial. Que imparcialidade??? Que tal refrescar algumas destas “imparcialidades”? Limitemo-nos de passagem, a alguns exemplos ilustrativos: as numerosas mensagens (ilegalmente interceptadas) divulgadas pelo site “The Intercept”, acerca dos numerosos atos de parcialidade e de partidarismo cometidos pelo ex-juiz Moro e seus parceiros do Ministério Público Federal. Que tal, ainda, refrescar nossa memória do papel desta mesma mídia corporativa, quanto a sua pretensa imparcialidade no noticiário e na divulgação das recentes reformas (na verdade, verdadeiros desmontes): a PEC do teto, a “reforma” trabalhista, a reforma da previdência, só para mencionar algumas? E assim prossegue o 10 governo bolsonaro, apoiado por um leque dê forças retrógrada e obscura artistas, agindo contraditoriamente em nome do Brasil, segue a protagonizar o mais calamitoso desmonte das políticas sociais, construídas durante décadas a mídia comercial, por seu turno, cuida de promover o essencial destas "reformas", ainda que, aqui e ali, trate de emitir declarações ou comentários críticos parêntese de boca para fora) contra os "excessos" do do Presidente da República, ao tempo em que não hesitar hein sacramentar as mais perversas propostas formuladas pelo Ministro Paulo Guedes principal protagonista do desmonte Neo ultraneoliberal, escancara as portas do Brasil para o grande capital nacional e internacional, sempre sobre a máscara de que isto interessa ao Brasil além da mídia corporativa, produz, no Congresso Nacional, mediante seus respectivos presidente , principalmente o da câmara, uma intrigante contradição: de um lado apoiam nitidamente reformas propostas por Paulo Guedes, enquanto de outro lado, fingem estar em desacordo com com os costumeiros excessos do Presidente da República. A grande mídia comercial, por sua vez, só tem a expressar louvores ao presidente da Câmara Rodrigo Maia, por "blindar "pretensamente as investidas agressivas do atual presidente da república. Pronunciou, no senado federal, na tarde de ontem, a Senadora Zenaide Maia, representante do Rio Grande do Norte, mostrou-se bastante lúcida em apontar os grandes crimes de lesa-pátria, que vem sendo abertamente cometidos pelo atual desgoverno e seus apoiadores. referia-se, fundamentalmente, há uma sucessão de privatizações claramente destinadas a favorecer grandes grupos econômicos estrangeiros, em detrimento da soberania nacional. Para tanto, cobrava a responsabilidade de outras instâncias que cercam o governo federal, inclusive lembrando o papel constitucional das Forças Armadas, parte das quais compõe o atual desgoverno. Permitimo-nos fornecer o seguinte link, por meio do qual se pode ter acesso ao referido pronunciamento (cf. https://www12.senado.leg.br/multimidia/evento/94977?h=15:03:14) Que passos empreender, na direção da superação de tais impasses? Com relação ao papel da mídia corporativa, convém ter presente que este foi, é e continuará sendo desempenhado pelos grandes meios de comunicação de massa: caixa de ressonância dos interesses hegemônicos das classes dominantes e dirigentes, isto é, das “elites do atraso” no modo de produção capitalista. Não se deve cogitar para a mídia corporativa o desempenho de outro papel, uma vez que ela é parte umbilicalmente integrante deste mesmo sistema. Por outro lado, passos de resistência devem ser empreendidos pelos que são vítimas contundentes dos desmandos desferidos pelo atual modo de produção, ao qual serve o atual desgoverno, sempre contando com seus aparelhos de Estado. Uma dessas possibilidades de resistência tem a ver com com o encontro, intitulado "economia de Francisco", promovido pelo Papa Francisco, a ter lugar em Assis, de 26 a 28 de Março. Do corrente ano a agenda anunciada para aquele encontro comportará também a necessidade e a urgência da democratização dos meios de comunicação social, em especial aqueles que atuam em sede de monopólio, como é bem o caso do Brasil. Este é um primeiro passo, que deve ser seguido por tantos outros, dos quais destacamos mais 3: a urgência, por parte dos movimentos sociais populares seus parceiros e aliados de voltarem a investir permanentemente no processo organizativo e formativo de suas bases, permitindo aquisição e o exercício constante de sua consciência de classe isto já é um grande passo, é eficaz para um enfrentamento exitoso, por exemplo, das estratégias aplicadas pelas forças dominantes da atualidade, em especial as "Fake News” e outras estratégias de manipulação das consciências de imensas parcelas de nossa população, destituídas das mínimas oportunidades de formação de sua consciência crítica, como a denúncia recentemente feita, na pesquisa organizada pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), no caso do Brasil, 65% dos Estudantes não conseguem fazer a diferença entre um fato e uma versão. Neste sentido, é digna de registro a iniciativa de alguns jornalistas (mulheres e homens) de criarem espaços autônomos de mídia alternativa, após de já não aguentarem o controle ideológico exercido pelos seus patrões (Globo, Folha de São Paulo e outros grandes veículos do gênero). Referimo-nos a jornalistas tais como Florestan Fernandes Júnior, Leonardo Attuch(TV 247), Breno Altman (Ópera Mundi), Gisele Federicce (TV 247), Marcelo Auler(TV 247), Renato Rovai (Revista Fórum). Outro passo não menos importante tem a ver com o compromisso, também por parte de nossas organizações de base, em especial os movimentos sociais populares, retomarem permanentemente, e em novo estilo, seu compromisso de Formação, organização e mobilização das forças populares, capazes de enfrentar o desafio da barbárie capitalista, em busca da construção processual de um novo modo de produção um novo modo de consumo um novo modo de gestão societal, alternativo a barbárie capitalista, reinante também em nosso país. João Pessoa, 19 de fevereiro de 2020

MÍDIA CORPORATIVA, PARCEIRA DA ELITE ENTREGUISTA: monopólio, mentira e parcialidade

Alder Júlio Ferreira Calado 

Ao tecermos críticas à mídia corporativa, não devemos ignorar o fato de que, mesmo sendo parte integrante do sistema capitalista, comporta também exceções, devidas sobretudo a alguns de seus profissionais. Um desses casos de vê com a postura profissional da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, ao denunciar as fake news disparadas por gente próxima do então candidato Jair Bolsonaro.  Mas, isto é exceção.
O posicionamento da mídia corporativa - rádio, televisão, jornal redes sociais - acerca da recente mobilização da FUP ( Federação Única dos Petroleiro), a qual se vem associando outras entidades representativas dos Trabalhadores e Trabalhadoras na área do petróleo, no Brasil, constitui apenas mais um exemplo de como se comporta a mídia corporativa, umbilicalmente associada e a serviço dos interesses da Elite entreguista, presente no atual desgoverno, bem como nas grandes corporações transnacionais do capital nacional e internacional, em especial, as que atuam na área do petróleo. Faz 18 dias que os Petroleiros se acham mobilizados desde a inviabilização pela atual direção entreguista da Petrobras, das negociações entre os trabalhadores e a empresa, quando ainda se punham a mesa de negociações, em sessão abruptamente suspensa - e de maneira unilateral - pelos dirigentes da Petrobras, fugindo assim ao diálogo entre as partes, impondo aos trabalhadores Petroleiros uma imperiosa reação. Após a abrupta interrupção, pela direção da Petrobras, das negociações então em curso, os trabalhadores não tiveram outra opção senão a de permanecerem na sala de negociação, em claro testemunho de seu desejo de continuidade das negociações. Tal posição dos dirigentes dos Petroleiros foi em seguida, reconhecida como legítima por um juiz a quem os patrões da Petrobras recorreram. Não havendo continuidade de negociação, o conjunto da categoria, apoiado por tantas outras entidades, vem se mobilizando, desde então, em busca de que a direção da Petrobras volte as negociações e reconheça o justo pleito dos Trabalhadores que, aliás, não se batem apenas por interesses exclusivamente seus - no caso, protestarem contra demissão gratuita de cerca de 1000 Trabalhadores -, mas também de, como cidadãos para defenderem a Petrobras hoje, mais do que nunca, ameaçada de dilapidação, a serviço de grandes empresas petrolíferas internacionais, configurando uma posição claramente entreguista e antipatriótica dos desmontes das riquezas do Brasil - no caso, os ricos recursos petrolíferos do pré-sal - aos grandes grupos internacionais que atuam na mesma área. 

Só muito recentemente, porém, é que a mídia corporativa, que esteve, durante semanas,  a silenciar este fato, toma finalmente a decisão de notícia-lo, mas apenas na versão que interessa exclusivamente aos seus patrões ou aos seus parceiros de uma elite entreguista. 

Durante essas mobilizações pelo País, desencadeadas pela ruptura unilateral pelo diálogo de negociação, os petroleiros tiveram uma iniciativa deveras criativa e pedagógica: a de, em uma de suas manifestações de protesto na Bahia de venderem botijões de gás de cozinha ao preço de 35 reais contra o preço fixado pela petrobras - de 70 reais ou mais, demonstrando assim os critérios injustos da política de preços de combustíveis seguido pela Petrobras a partir do desgoverno Temer e do atual desde a nomeação de Pedro Parente, que alterou profundamente a política de preços vigente, a décadas. Fato também não noticiado pela mídia corporativa, refém que é da elite entreguista que a financia e à qual serve. 

Após a descoberta do Pré-sal brasileiro vêm recrudescendo de modo crescente os ataques feitos pelas grandes corporações petroleiras internacionais, notadamente as originárias nos Estados Unidos, dando sequência mais agressiva a persecução  de seus interesses empresariais.Para tanto, como em tantos outros casos contam a cumplicidade do Governo Estadunidense. Assim como em relação a Venezuela, cresce a cobiça pelo controle da produção de petróleo produzida no Brasil. Daí as constantes investidas imperialistas, feitas de estratégias as mais diversas (desde as famigeradas “FakeNews” passando pela espionagem ao controle dos governos de plantão transformados em meros títeres. 

Neste circuito de pilhagem, qual o papel reservado, tradicionalmente, e hoje mais do que nunca, à mídia corporativa? 

Tornou-se célebre a afirmação - com a qual não concordamos - de que a mídia constitui o “Quarto Poder”. Ao reconhecer o papel eficaz que a mídia corporativa exerce, a serviço dos interesses do Capitalismo, em especial a do setor financista, importa reconhecê-lo sobretudo,  como um parceiro do grande capital, razão porque assume servilmente os papéis mais sujos que a lógica da barbárie capitalista lhe impõe. Com efeito, a mídia corporativa, regiamente financiada pela Elite entreguista, trata de “cumprir bem” o seu papel. Pior é quem tenta fazê-lo de um jornalismo ético e imparcial. Que imparcialidade??? Que tal refrescar algumas destas “imparcialidades”? Limitemo-nos de passagem, a alguns exemplos ilustrativos: as numerosas mensagens (ilegalmente interceptadas) divulgadas pelo site “The Intercept”, acerca dos numerosos atos de parcialidade e de partidarismo cometidos pelo ex-juiz Moro e seus parceiros do Ministério Público Federal. Que tal, ainda, refrescar nossa memória do papel desta mesma mídia corporativa, quanto a sua pretensa imparcialidade no noticiário e na divulgação das recentes reformas (na verdade, verdadeiros desmontes): a PEC do teto, a “reforma” trabalhista, a reforma da previdência, só para mencionar algumas? 

E assim prossegue o 10 governo bolsonaro, apoiado por um leque dê forças retrógrada e obscura artistas, agindo contraditoriamente em nome do Brasil, segue a protagonizar o mais calamitoso desmonte das políticas sociais, construídas durante décadas a mídia comercial, por seu turno, cuida de promover o essencial destas "reformas", ainda que, aqui e ali, trate de emitir declarações ou comentários críticos parêntese de boca para fora) contra os "excessos" do do Presidente da República, ao tempo em que não hesitar hein sacramentar as mais perversas propostas formuladas pelo Ministro Paulo Guedes principal protagonista do desmonte Neo ultraneoliberal, escancara as portas do Brasil para o grande capital nacional e internacional, sempre sobre a máscara de que isto interessa ao Brasil além da mídia corporativa, produz, no Congresso Nacional, mediante seus respectivos presidente , principalmente o da câmara, uma intrigante contradição: de um lado apoiam nitidamente reformas propostas por Paulo Guedes, enquanto de outro lado, fingem estar em desacordo com com os costumeiros excessos do Presidente da República. A grande mídia comercial, por sua vez, só tem a expressar louvores ao presidente da Câmara Rodrigo Maia, por "blindar "pretensamente as investidas agressivas do atual presidente da república. 

Pronunciou, no senado federal, na tarde de ontem, a Senadora Zenaide Maia, representante do Rio Grande do Norte, mostrou-se bastante lúcida em apontar os grandes crimes de lesa-pátria, que vem sendo abertamente cometidos pelo atual desgoverno e seus apoiadores. referia-se, fundamentalmente, há uma sucessão de privatizações claramente destinadas a favorecer grandes grupos econômicos estrangeiros, em detrimento da soberania nacional. Para tanto, cobrava a responsabilidade de outras instâncias que cercam o governo federal, inclusive lembrando o papel constitucional das Forças Armadas, parte das quais compõe o atual desgoverno. Permitimo-nos fornecer o seguinte link, por meio do qual se pode ter acesso ao referido pronunciamento (cf. https://www12.senado.leg.br/multimidia/evento/94977?h=15:03:14

Que passos empreender, na direção da superação de tais impasses? 

Com relação ao papel da mídia corporativa, convém ter presente que este foi, é e continuará sendo desempenhado pelos grandes meios de comunicação de massa: caixa de ressonância dos interesses hegemônicos das classes dominantes e dirigentes, isto é, das “elites do atraso” no modo de produção capitalista. Não se deve cogitar para a mídia corporativa o desempenho de outro papel, uma vez que ela é parte umbilicalmente integrante deste mesmo sistema. Por outro lado, passos de resistência devem ser empreendidos pelos que são vítimas contundentes dos desmandos desferidos pelo atual modo de produção, ao qual serve o atual desgoverno, sempre contando com seus aparelhos de Estado. Uma dessas possibilidades de resistência tem a ver com com o encontro, intitulado "economia de Francisco", promovido pelo Papa Francisco, a ter lugar em Assis, de 26 a 28 de Março. Do corrente ano a agenda anunciada para aquele encontro comportará também a necessidade e a urgência da democratização dos meios de comunicação social, em especial aqueles que atuam em sede de monopólio, como é bem o caso do Brasil.

Este é um primeiro passo, que deve ser seguido por tantos outros, dos quais destacamos mais 3: a urgência, por parte dos movimentos sociais populares seus parceiros e aliados de voltarem a investir permanentemente no processo organizativo e formativo de suas bases, permitindo aquisição e o exercício constante de sua consciência de classe isto já é um grande passo, é eficaz para um enfrentamento exitoso, por exemplo, das estratégias aplicadas pelas forças dominantes da atualidade, em especial as "Fake News” e outras estratégias de manipulação das consciências de imensas parcelas de nossa população, destituídas das mínimas oportunidades de formação de sua consciência crítica, como a denúncia recentemente feita, na pesquisa organizada pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), no caso do Brasil, 65% dos Estudantes não conseguem fazer a diferença entre um fato e uma versão. 

Neste sentido, é digna de registro a iniciativa de alguns jornalistas (mulheres e homens) de criarem espaços autônomos de mídia alternativa, após de já não aguentarem o controle ideológico exercido pelos seus patrões (Globo, Folha de São Paulo e outros grandes veículos do gênero). Referimo-nos a jornalistas tais como Mauro Lopes (TV 247), Florestan Fernandes Júnior, Rogério Anitablian, Leandro Demori (Intercept), Leonardo Attuch (TV 247), Breno Altman (Ópera Mundi), Gisele Federicce (TV 247), Marcelo Auler(TV 247), Renato Rovai (Revista Fórum), Dafne Ashton (TV 247), Tânia Maria de Oliveira (TV 247), Gustavo Conde (TV 247), entre outros e outras . 

Outro passo não menos importante tem a ver com o compromisso, também por parte de nossas organizações de base, em especial os movimentos sociais populares, retomarem permanentemente, e em novo estilo, seu compromisso de Formação, organização e mobilização das forças populares, capazes de enfrentar o desafio da barbárie capitalista, em busca da construção processual de um novo modo de produção um novo modo de consumo um novo modo de gestão societal, alternativo a barbárie capitalista, reinante também em nosso país. 

João Pessoa, 19 de fevereiro de 2020

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