sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Uma reunião ordinária do grupo Kairós: sucinto relato desta manhã!

Uma reunião ordinária do grupo Kairós: sucinto relato desta manhã!

Alder Júlio Ferreira Calado 

O grupo Kairós reiniciou, na manhã de ontem, 06/02/2020, seus trabalhos, com a participação de 6 dos seus membros - Elias, Maria, Cida, Glória, Elenilson e Alder -, tivemos um tempo bastante movimentado por uma pauta instigante, da qual constaram, como de praxe, avisos e informes iniciais, seguidos da retomada da leitura do livro de José Comblin, " a vida em busca da liberdade ", a partir da página 141, início do capítulo VI, intitulado " viver é amar ", do qual inserimos alguns trechos, ao final deste relato.
No item relativo a informes foram compartilhadas várias notícias e informações, por parte dos presentes. Como de hábito são trazidas notícias acerca dos demais membros do grupo, que não puderam ontem estar fisicamente conosco: João Fragoso, Rolando, Maria, Elisson, Lúcia, Assueros, Graça, Emanuel, além de outras pessoas que seguem em tratamento de saúde, como Magdala e João Batista, contando ainda com membros que ainda temos vinculados ao nosso Grupo, a exemplo de Angelina, Pastor Luciano da Silva, entre outros. 
Na parte inicial de informes, foi relembrado por Elias o compromisso assumido pelo Grupo, desde o final do semestre passado, de realizarmos um encontro de celebração da vida, dedicado especialmente a celebrar a memória de companheiros do grupo que nos precederam na Casa do Pai, particularmente José Ailton, José Brenda e Ricardo Brindeiro. Foi sugerido pro Cida,  realizarmos este encontro, no próximo mês de março, permitindo assim um tempo mais favorável de preparação. A ideia foi acolhida pelo grupo. Da parte de Elias, veio a sugestão de incluirmos essa sessão de memória como tema da próxima Semana Teológica Pe. José Comblin. Foi, contudo, lembrado que, na sessão de encerramento da IX Semana Teológica Pe. José Comblin, ficou acordado como tema principal da X STPJC, o debate sobre o lugar das Mulheres na Igreja.
Da parte de Maria Besen, foi noticiada uma série de iniciativas que vêm sendo organizadas, em função da comemoração dos cem anos de Dom Fragoso e de Pe. Alfredinho, em Crateús. A este respeito, Alder prestou a informação de recente iniciativa tomada por um grupo local de amigos de Dom Fragoso, formado por Luiz Gonzaga Gonçalves, João Fragoso, Luciano Silva, Alder e outras pessoas que se proponham a participar da iniciativa. Trata-se de duas tarefas. A primeira, já em andamento, consiste na pesquisa junto ao Arquivo da Arquidiocese da Paraíba, do jornal “A Imprensa”, a partir de 1946, buscando localizar dezenas de artigos aí publicados pelo então recém-ordenado Pe. Antônio Fragoso, acerca de “problemas da mocidade” e de iniciativas concernentes ao cinema, a partir do Círculo operário do qual ele foi um dos organizadores. Um dos frutos já colhidos desta empreitada foi a localização, no referido Arquivo, do “Processo de ordenação”, referente ao Pe. Fragoso. A outra tarefa diz respeito ao esforço de localizar, no arquivo da CNBB, em Brasília, diversas cartas e relatórios apresentados à CNBB, em decorrência de atividades missionárias e pastorais protagonizadas por Dom Fragoso, no Brasil e em vários países do mundo (Dom Fragoso, em sua dinâmica missionária, viajou por mais de sessenta países).
Glória, por sua vez, deu notícia de sua participação num fecundo encontro com Fr. Carlos Mesters, sempre na perspectiva de reacender a fé e a esperança dos missionários e missionárias, diante dos atuais desafios. Ainda informou sobre relevante encontro, a ser organizado, em Lagoa Seca-PB pelo CEBI da Paraíba, com Isabel Felix, acerca da perspectiva hermenêutica das mulheres protagonistas na Bíblia.
Elenilson relatou aspectos importantes de sua presença, em duas ocasiões, na Escola de Formação Missionária, em Santa Fé, Solânea - PB, bem como da programação de Café do Vento, junto com Pe. Hermínio (Município de Sobrado -PB), em vista de um encontro com participantes (mulheres e homens), de várias experiências formativas, ligadas a Fé e Política. Também noticiou acerca do II encontro sobre o Pe. José Comblin, promovido pelo Centro de Pesquisa e Documentação José Comblin, da UNICAP, Recife, previsto para o período entre 3 e 5 de junho do corrente ano, e do qual os vários grupos da Paraíba, trabalhando a temática José Comblin, também estão sendo convidados a participar.
Eis os principais informes compartilhados, aos quais, deve ser acrescentado o do próximo dia 15 de fevereiro, no São Bento, reunindo participantes de alguns grupos organizadores da  X Semana Pe. José Comblin. 
Por último, demos continuidade à leitura do texto acima mencionado, do qual avaliamos importante fornecer alguns trechos. Não, sem antes, lembrar que se trata do livro “A vida em busca da liberdade” (São Paulo: Paulus, 2007), que o nosso grupo vem trabalhando, mais precisamente o capítulo 6 “Viver é amar”:

“Os Evangelhos mostram, a partir da vida de Jesus, o que é viver. Não expressam o conteúdo em palavras abstratas. Permanecem no linguajar popular. No entanto, também pessoas mais letrados que aprenderam a pensar com palavras abstratas.  No Novo Testamento temos os exemplos dos escritos de Paulo e de seus discípulos e também os escritos atribuídos a João. Estes não querem dizer outra coisa, mas expressam com conceitos abstratos o conteúdo da vida de Jesus.
O principal desses conceitos é amor/amar. De alguma maneira diz numa palavra  todo o conteúdo da vida de Jesus ” (p.141)

[..]

“No mundo atual,os países desenvolvidos estão dominando e explorando os países mais pobres. Os pobres têm de financiar a riqueza dos ricos. Os ricos e os poderosos podem não estar conscientes, mas são levados pelo ódio. Podem não sentir esses ódio porque outros se encarregam de oprimir os inimigos, e o sistema democrático justifica tudo. Dentro de cada país os poderoso oprimem e odeiam os mais poibres. Habitualmente fazem-nos com muita cortesia e fromalidade”(p.142) 

[...]

“Sem ser amado ninguém pode viver humanamente. Esse é o drama das crianças educadas sem amor-porque não tem pais, ou esses as abandonaram. Há casos em que os pais praticam a violência contra os seu próprios filhos. Filhos ou filhas que crescem desse modo ficam negativamente marcados para sempre. Irão alimentar rancor e frustração a vida toda. Estarão se vingando contra a sociedade inteira porque não receberam, quando eram crianças, o que mais necessitavam: o amor.” (p.143)

Eis um pequeno “flash” do denso capítulo, que recomendamos fortemente. Ao final deste livro, o grupo Kairós seguirá lendo o livro de Rolando Lazarte, acerca de seu relato pessoal de formador em Terapia comunitária integrativa, leitura que será alternada com a do livro de José Comblin, “O Espírito Santo e a Tradição de Jesus”.

João Pessoa, 07 de fevereiro de 2020.

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