MINOTAURO, DE NOVO, ENTRA EM CENA?
QUE SE ERGA UM TESEU MAIS RESISTENTE
Alder Júlio Ferreira Calado
Nos estudos de História, no Colégio
Em Pesqueira, rincão pernambucano
Lendo as lendas dos gregos e troianos
Sempre tinha qual belo prêmio régio
- Que soava pra mim um privilégio –
Desfiar o novelo de Ariane
Permitindo a Teseu que não se dane
Pelas curvas do vasto labirinto
No embate de morte, já pressinto
Contra o monstro se erga, deixe-o em pane
Nos porões de Cnossos, o gigante
Minotauro era o monstro truculento
Vidas jovens exige, em alimento
Sua sede de sangue era incessante
Com o seu plano assassino, ia adiante
Foi então que alguém apareceu:
Pra salvar a cidade vai Teseu
Enfrentar Minotauro, destemido
E a todos livrando do bandido.
Mas, parece que o monstro reviveu...
Tantos séculos depois, e... ei-lo ainda
Mais cruel Minotauro inclemente
Exigindo o martírio de mais gente.
Quando alguns já pensavam página finda
E julgavam impossível sua vinda...
Minotauro de hoje é o império
Capital é seu nome, é deletério
Nações, pobres, Planeta – tudo é alvo
De sua mira assassina, nada é salvo
Coletivo Teseu vence o mistério!
Trecho do vôo Florianópolis-São Paulo, 11/04/2003
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