sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

ACESSANDO O CONTEXTO PELOS MOTES / PRO BRASIL PERSEGUINDO UMA SAÍDA

                             ACESSANDO O CONTEXTO PELOS MOTES

                                       PRO BRASIL PERSEGUINDO UMA SAÍDA


Alder Júlio Ferreira Calado


O complexo-colônia nos espreita:

A “elite” escravista volta à cena


Mandatários percebem espertamente:

de imune a impune, basta um “p”


O Império estrebucha, ante o declínio

Desta vez como farsa, o caso vem


Duas forças em nós travam disputas

Importante é saber qual alimento


O veneno na mesa! Quem o traz?

Eu ingiro ou procuro alternativa?


Às malditas potências do dinheiro

Eu adiro ou combato, dia a dia?


Quem não prova do pobre a insegurança

Corre o risco de agir qual jovem rico


Monopólio a ninguém! Democracia

É de quem a assume, a exercita


Desta lógica ecocida do Capital

Pular fora é urgente e necessário


Por mais duros que sejam os desafios

A quem busca vem sempre uma resposta


Sanitária, econômica, ambiental

Na política, busquemos uma saída


Gerações cobrarão nossa apatia

Os estragos do golpe: decenais!


Ampla e grave é o elenco dos delitos

Ecocídio, genocídio, “ptocofobia”


No complexo de crise é necessário

Atacá-las em bloco, pela raiz


A América Latina se refaz 

De uma série de golpes do Império 


A COVID comporta um grave alerta 

Aos humanos que agridem a Natureza 


Feminicídio crescente se constata

Mesmo em tempos de plena pandemia 


É urgente saber o que se passa 

Para além do acidente ocidental


João Pessoa 26.02.2021


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS



Alder Júlio Ferreira Calado


Ao Mercado cedendo suas rédeas

A que segue o petróleo, em sua rota

Muito sangue de sua trilha brota

A estrutura estatal sendo intermédia

No Brasil e no mundo, é uma tragédia

Não impondo mais freio aos lucros vis

Tudo quanto o Mercado sempre quis

Burguesia, solita, o barco rema

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS


No contexto do mundo industrial

O petróleo é fonte de cobiça 

Concorrência infernal demais atiça

Seus produtos agregam capital

Suas reservas tornando alvo central

É da gula do Império, um chamariz

Induzindo a estratégias mais sutis

Mas, em última instância, a guerra extrema

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS


Do Ocidente, a ganância belicosa

Extremou a cobiça do petróleo

E seus álibis de ataque jamais acolho

É em vão apostar em sua prosa

Privilégio na ONU ainda goza

A estrutura do órgão é a raiz

Privilégio do veto não condiz

Com o direito de todos, sem dilema

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS


Gigantescas reservas tem o Pré-Sal

Mesmo quem com os fósseis não se afina

Óleo, gás, derivados, gasolina

Reconhece que é um bem essencial

É riqueza importante, e como tal

Olho grande desperta nos coviz

O pré-sal está do golpe na raiz

Uma política entreguista vira edema

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS


Desde aí, um complô, surge, se monta

Com o fim de quebrar a Petrobrás

Lava-jato sendo muito perspicaz

Por punir corrupção - casos sem conta

Pune chefes, também empresas afronta

Dallagnol - Sérgio Moro - atores vis

Ao império se rendem, são servis

Da justiça ao “Lawfair” então se rema

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS


Em conluio com a mídia comercial

Os “partidos da ordem” entram em cena

Destilando ódio, que envenena

Alinhados a Trump, ao Capital

Vão tecendo golpe estrutural

Do sistema erodindo a raiz

Se dispensam de atos mais sutis

Tudo fazem que a Justiça aí se esprema

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS


Dilma fora, entra Temer, o traíra

Petrobrás vira empresa “estrangeira”

Sua política em baixo da ladeira

Do Brasil as riquezas sob a mira

Ao controle do Império, tudo vira

O Pré-Sal se esquarteja sem diretriz

E a última palavra, o Império diz

E, colônia, Brasil cede ao esquema

AI DE QUEM AOS DITAMES DO SISTEMA

ABRE MÃO DAS RIQUEZAS DO PAÍS



No tocante ao episódio mais recente

Bolsonaro indicando um militar

A chefia da empresa a ocupar

Tem a ver com o perfil do Presidente

Ditador autocrata,  prepotente

Pouco a ver com a sorte de nossa gente

Liberais se dão bem com tais perfis

Vinte e dois foi o seu alvo: ele quer bis

Petrobrás: solução, não é  problema

Ai de quem aos ditames do sistema

Abre mão das riquezas do País.


Se a Empresa ‘inda fosse integrada

desde o poço ao posto, sob seu comando

extraindo, vendendo, refinando

exitosa seria sua empreitada

Da política de preços empoderada

Liberais cedem toda a diretriz

E a ele se sujeitam, são servis

Sucumbindo ao seu estratagema

Ai de quem aos ditames do sistema

Abre mão das riquezas do País.


João Pessoa, 23 de fevereiro de 2021


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Ao planeta, querida e amada terra Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?

 Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?



Alder Júlio Ferreira Calado



Pressupondo o caráter coletivo

E o alcance social desta empreitada

Não se deve entendê-la descartada

O alcance pessoal do nosso crivo

Faz-se urgente, até mesmo decisivo

Com a apatia de tantos eu me assusto

Ante os dons da Mãe-terra não é justo

A ação singular sentido encerra

Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?



A mãe-terra é gratuita: dá-se inteira

A seus filhos e filhas, de espécies várias

Nunca trata nenhum como pária

Não permite a nenhuma ser fronteira

Separada,mantida derradeira

Os humanos não devem dar mais susto

Ao convívio harmônico, pleno, justo

Quem é sábio, a caprichos não se aferra

Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?



O Planeta se aquece velozmente

As calotas derretem no oceano

Cujas águas inundam o que é plano

Animais, vegetais, vida inocente

Desespero trazendo à nossa gente

Acordando os contextos mais injustos

Do Império, que lembra o de Augusto

No abismo aos humanos mais enterra

Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?



Mas, eu próprio o que ando fazendo?

Que estilo de vida estou levando?

O que como? Visto? Telecomando?

Busco um agir de raiz ou só remendo?

É preciso que outro agir se vá tecendo

A mãe-terra eu alegro ou lhe dou susto

Ao usar os seus bens vitais, robustos?

Água, ar, energia - tudo encerra

Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?


Se os cálculos eu faço - cuidadosos!

Várias listas terei, de aprendizado

No consumo de bens mais ordenado

Meu consumo de água - como doso?

Eu evito alimentos venenosos?

Quanto lixo produzo - me dá susto?

Se o ataque ao Planeta eu acho injusto

Por que surdo me faço, quando ele berra?

Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?



Uma lâmpada me basta no ambiente

De repente, percebo oito ligadas

Com que cara eu critico a empreitada

Do Mercado voraz e poluente

Que destrói a Natura e nossa gente?

Tal agir só reforça o que é vetusto

Representa ao Mercado um novo busto

Distopia semeia, Projeto enterra

Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?



Quantas vezes ar fresco ao meu alcance

Mas prefiro espaço refrigerado

Só agravo a política do Estado

De energia, petróleo: que assim alcance!

E a nossa opção não tendo chance

Ao pensar na tragédia, já me assusto

Nosso agir que se torne mais robusto

Do contrário, o abismo nos aterra

Ao planeta, querida e amada terra

Quanto peso? O que exijo? Quanto custo?



João Pessoa, 19 de fevereiro de 2021


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Alder Júlio Ferreira Calado


Tal corona, outro vírus nos ataca

Capital é seu nome: é abjeto

Torna os seres humanos objetos

Do vil lucro que a muitos só achaca

São letais os seus golpes, cortante faca

Corpo e alma o sistema esvazia

Se alimenta de sangue - fantasia

É complexo e eficaz seu arsenal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Tal sistema de morte age em frentes

Produção, seu filé, não só atua

Na Política, o Estado amarra o nó

A Cultura, outro campo eficiente

Transformando em gado nossa gente

Dos valores façamos nossa guia

Pra lutar e vencer besta arredia

Travestida nas vias do Capital

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Se agudiza a maldade do sistema

Financismo “refina” sua tragédia

E, não raro, com o apoio da classe média

A Direita se funde com a Extrema

Certa esquerda na onda também rema

Pela enésima vez, ela se alia

Ante sua militância, perde valia

Retardando a mudança, afinal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Liberal diz em vão ser democrata

No frigir do omelete pula fora

O seu deus é o Mercado, a quem adora

Contra Estado se diz, mas quer mamata

Contra o povo se mostra: só maltrata

Ai da esquerda, que a ela se alia

Prejuízo só toma, cai em fria

É preciso romper com seu aval

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Desde o início da crise financeira

Lá por volta do ano dois mil e oito

O chicote burguês se mostra afoito

O Brasil segue alvo de pedreira

Da cobiça do Império - a petroleira

Desde então, vai mostrar uma sangria

Alienando o pré-sal, se esvazia

Tudo volta-se em favor do capital

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Pro sucesso alcançado, na seara

Na pilhagem de empresas brasileiras

Ademais dos seus chefes, punem em fileira

Sérgio Moro e Dallagnol são peças raras

Repassando notícias desde a vara

Engendrou-se o colapso da Engenharia

Um desmonte perverso geraria

Para tanto espiona seu rival

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Em conluio com as forças da Direita

O Império constrói seu golpe baixo

E quem deve estar alerta, é cabisbaixo

No silêncio impotente, cala, aceita

E o povo ignora tal desfeita

A Direita à rua chamaria

E a massa responde à correria

Nesta altura, o golpe dá sinal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Lava-jato atua em duas frentes

A pretexto de punir vários corruptos

Deixa impune bom número de astutos

Doutro lado, atua vulpinamente

Negocia com o Império os bens da gente

Detonando uma crise, uma sangria

E o Governo já não resistiria

Mergulhando o Brasil num cipoal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Não logrando vencer a eleição

Pondo em xeque o Governo, sem cessar

Tem na mídia golpista o seu lugar

A clamar por Impeachment juntas vão

Forjam o ódio ao PT, vendem ilusão

Misturando traição, pirataria

Michel Temer, holofotes ganharia

Liberais triunfando, afinal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Novo chefe, diz Temer a que veio

Dá sequência ao desmonte do Brasil

Apunhala o povo; é bem servil

Retirando direitos - estrago feio

Previdência, Trabalho, mexe no alheio

Com imagens flagrantes, surrupia

E, comprando o Congresso, sairia

Segue ele impune a todo o mal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Foi caótica a campanha a presidente

A estratégia de Banon chega a extremo

“Fake news” e robôs encarnam o Demo

As mentiras circulam livremente

Tribunal se manteve impotente

Mídia escrita e falada… covardia!

Preso, Lula não participaria

Tudo aponto apogeu do Capital

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


Lava-jato, “Lawfare”, tirando a paz

Grande mídia, Congresso, Executivo

Um conluio mantém Brasil cativo

Com as Forças da Ordem vindo atrás

Com apoio do Agro e outras mais

Amazônia em chamas - que agonia!

A Esquerda, perplexa, retrairia

E em vinte, a COVID agrava o mal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA


De Impeachment visando ao capitão

Já são quase sessenta os pedidos

Presidente da Câmara nada fez

Pressão popular não teve vez

E os desmandos do Chefe seguirão

As ações no Supremo restam em vão

Na eleição no Congresso, mais sangria

A esquerda a Rodrigo se alia

À exceção do Psol reluz o mal

NOS EMBATES DA GUERRA CULTURAL

DERROTAR A MENTIRA É PRIMAZIA



João Pessoa, 15.02.2021