quinta-feira, 23 de julho de 2020

AS FOBIAS DEGRADAM O SER HUMANO AMEAÇAM A VIDA NO PLANETA



Alder Júlio Ferreira Calado

As fobias de tipo social
Independem de toda conjuntura
Em algumas, porém, são bem mais duras
Hoje em dia, provocam um vendaval
Na Política, o estrago é abissal
Eis por que é preciso quem se meta
A fazer ressoar longe a corneta
No esforço a mitigar tão grave dano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta

Exceções descontadas - felizmente
Da verdade, nosso tempo abdica
"Fake news" só confundem - falsa dica
O bom senso se esvai, reina o Demente
De mentiras mais torpes ocupa a mente
De Washinton a Brasília, à bolsoneta
Desrazão rima bem com baioneta
Pela força manobram horrendo plano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta

Tanto mais atraiçoa o nazareno
Quem se diz do seu time, e espalha o mal
Do Evangelho se faz bem pessoal
Lembro Trump exibindo o Livro Pleno
Solidário ao racismo e seu veneno
Para as causas do Reino faz careta
Os direito dos pobres manieta
Infligindo à Mão Terra enorme dano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta

Das manias e ódios mais letais
Ouso aqui destacar “ptocofobia”
Que da vida dos pobres tripudia
O que é feito, nas mais diversas frentes
Transformando-os em meros indigentes
Contra Eles governo usa a caneta
Torna a massa serviu, dócil, maneta
A mercê do império mais tirano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta







A Mãe-Terra encabeça a grande lista
Dos que são do sistema os condenados
Solidários, ouvimos os seus brados
Libertário horizonte nos assista
Que de nós se mantenha sempre à vista
Ecocídio expressa o capeta
Horizonte a tolher-nos não se meta
De vencermos com fé o desengano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta



As mulheres são alvo de assassinos
Feminicídios inundam  noticiários
Horrorosos registros são diários
A razão? Simples seres femininos
Absurdo é que tenham tal destino
Sobretudo mulheres pobres, pretas
Um delito que a todos alfineta
Há, contudo, quem reste em ledo engano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta


Se for pobre, estrangeiro é perseguido
O migrante, também, escorraçado 
Por brilhantes que sejam os seus dados
Contra eles levanta-se um ruído
Das benesses da lei é excluído
Seus direitos se escondem na gaveta
Sobrevivem “fazendo pirueta”
Neste ritmo, já vêm há 500 anos.
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta


Com indígenas e negros são brutais
Etnocidas se mostram, a todo instante
Suas terras invadem, arrogantes
Do racismo abusam, Sempre Mais
Só recorrem às armas, nunca à paz
Do Estado almejam só as tetas
E sangrando o país, com sua marreta
Estratégias letais agravam o dano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta


Assim como diversa é a Natura 
Semelhante é a humana natureza
A um único modelo não está presa
Bem assim, e por séculos, assim perdura
Pois diversa é a humana criatura
Condição em aberto no gameta
Definir um tal gênero não é treta
Ou Capricho infeliz, um grave engano
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta

Só a verdade é caminho decisivo 
Pactuar com mentiras e estratégias
Bem traçadas, brilhantes, mesmo régias 
Só nos leva a tornar-nos seus cativos 
Sendo inúteis “remendos”, “corretivos”
Ao revés da mentira, vil Tiete
À verdade acede quem se mete
A plantar transparência, grão mais sano 
As fobias degradam o ser humano
Ameaçam a vida no Planeta

João Pessoa, 23 de Julho de 2020

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