terça-feira, 28 de outubro de 2025

Igrejas Cristãs na contramão da Tradição de Jesus

Igrejas Cristãs na contramão da Tradição de Jesus 


Alder Júlio Ferreira Calado


Quem acompanha mais atentamente os passos das Igrejas cristãs, na América Latina, inclusive no Brasil especialmente nas últimas décadas, não cessa de se espantar com seus escandalosos sinais de distanciamento da tradição de Jesus. Ressalvadas as exceções, constatamos crescente involução. Mesmo parte considerável das Igrejas reformadas históricas - e não apenas as pós- pentecostais (protestantes ou católicas) - parecem aderir, cada vez mais, à idolatria do Mercado, deste fazendo sua religião, ainda que insistam por palavras, em sua identidade cristã.


Nestas breves linhas que seguem, limitamo-nos a tangenciar alguns poucos elementos mais pronunciados desta situação desafiante. Um primeiro aspecto comum a essas Igrejas Cristãs tem a ver com seu empenho em centrar sua atenção, não tanto ou não mais no cerne programático do evangelho - o serviço à causa libertadora dos oprimidos (os pobres, as mulheres, os famintos, os doentes, os encarcerados, os migrantes, o povo da rua, as vítimas de todo tipo de perseguição - aporofobia, misoginia, racismo, homofobia, xenofobia seletiva, entre outros preconceitos), mas em priorizar iniciativas e atividades visando aos seus próprios interesses institucionais. Daí a multiplicação de projetos e iniciativas de arrecadação de valores, não se contendo em constranger seus fieis em contribuírem, com valores e com serviços cada vez mais exigentes dizendo fazerem sempre “em nome de Jesus”... 


Outro aspecto comum prende-se a uma crescente superestimação de tradições litúrgicas e cultuais mais inspiradas nos valores da tradição imperial romana e de outras similares, de modo a secundarizar ou mesmo anular objetivamente os valores da grande Tradição de Jesus: o amor aos pobres, aos perseguidos, aos presos, a partilham a simplicidade de vidam a misericórdia, a compaixão. Em vez disso, demonstram atitudes comodistas, de priorização de uma estética burguesa e elitista observável, inclusive, nos cultos e liturgias (paramentos e objetos sacros luxuosos…), intermináveis e caras reformas de prédios e de instalações.


Ainda um terceiro aspecto comum tem a ver com uma tendência a crescente partidarização, e investimento nas atividades ao interno dos espaços do Estado, por meio da criação de frentes ou de bancadas parlamentares ditas “evangélicas”, ou “cristãs”, em preocupante desrespeito ao caráter laico do Estado brasileiro, acenando para um Estado teocrático…


Consola-nos, por outro lado, perceber o que vem acontecendo nas “correntezas subterrâneas”, onde graças à divina Ruah, diversos grupos e movimentos ecumenicos seguem ensaiando, a margem dos espaços eclesiásticos hegemônicos, passos de experiências grávidas da Boa Nova do Reino de Deus. Limitamo-nos a destacar apenas algumas dessas Experiências grávidas do novo: o CEBI (Centro Ecumenico de Estudos Biblicos - https://cebi.org.br/ ),  https://www.movimentodeemaus.org/  ASA (Articulação Movimento do Semiarido https://asabrasil.org.br/   “Laudato si”), experiências promovidas por algumas Igrejas reformadas promotoras de iniciativas tais como a do Congresso do Conversas 2025 sob o título “a útopia do evangelho e o Brasil que a gente quer”, do qual destacamos especialmente a fala da Pastora Lusmarina Campos Garcia, a partir do minuto 47 do link que segue, em que tematiza sobre o Patriarcalismo (c.f https://www.youtube.com/live/8u_lJVFvSmg ). Já há alguns anos, vimos mantendo, seja de modo presencial seja de modo virtual alguns grupos de reflexão semanal dentro os quais grupo Direitos Iguais (onde vimos estudando o livro “Discipulado de Iguais: Ekklesia-logia feminista crítica da Libertação” de autoria da teóloga Elizabeth Schüssler Fiorenza livro cuja leitura também estamos a concluir no grupo Kairós, que há 27 anos se reune, de modo presencial, todas as quintas-feiras; grupo “Teologia da Libertação”, que se reúne virtualmente todas as sexta-feiras no momento prestes a concluir a leitura do livro “Espiritualidade da Libertação”, de autoria de Pedro Casaldáliga e José Maria Virgil; além do grupo José Comblin, que por meio do Centro de Formação José Comblin, promove seminários e estudos formativos com diversos grupos inclusive com a CPT; e do grupo “Caminhos de Liberdade”, no qual estamos lendo o livro “O Caminho: ensaio sobre o seguimento de Jesus”, de autoria de José Comblin, e o livro “Contemplando e anunciando os sinais do Reino”, de autoria de Glaudemir Silva.


É confortante saber que tantas outras experiências estão se passando no Brasil, na América Latina e no mundo que ajudam a dar razão a nossa Esperança.


João Pessoa, 28 de outubro de 2025.


domingo, 26 de outubro de 2025

Escolas de Formação Missionária: meros ajustes ou refundação?

 Escolas de Formação Missionária: meros ajustes ou refundação?



Graças incessantes dirijamos a Divina Ruah pelos frutos abençoados que, há 36 anos, vimos colhendo da experiência das Escolas de Formação Missionária, experiência iniciada, em Juazeiro-BA, em 1989, sucedida por outras coirmãs nos anos seguintes. Todas elas correspondem ao processo de caminhada desde os inícios da Teologia da Enxada, em 1969.


Pelas Escolas de Formação Missionária tem passado gerações de formandos e formandas, hoje chamados mais diretamente a contribuírem com este processo formativo, sempre numa perspectiva de renovação.


A figura do Missionário itinerante José Comblin, ao longo de seus 53 anos de frutuoso trabalho profético com os pobres da América Latina (Brasil, Chile, Equador e outras Comunidades) - dos quais 42 anos, entre os pobres do Nordeste brasileiro - inspirou e animou dezenas de experiências missionárias e formativas, das quais mais de uma dúzia, na Paraíba (1980-2008). Trata-se de iniciativas, sobretudo de caráter formativo, compreendendo, por exemplo, desde o Seminário Rural, o Centro de Formação Missionária a Associação dos Missionários e Missionárias do Campo, as Escolas de Formação Missionária, em diferentes Estados do Nordeste e do Mato Grosso, só para mencionar 4 delas.


Em cada uma delas, sempre cercado de equipes criativas e comprometidas - foi sempre uma marca de sua pedagogia - ao traçar comunitariamente as linhas de trabalho, costumava deixar certa margem de dúvida, pois não tinha compromisso com atitudes calculistas. Aí reside sua abertura às novidades do Espírito e ao emponderável da História. Lembro-me que, dez anos após o início dos trabalhos do Centro de Formação Missionária, em Serra Redonda-PB, convidou formadores e formandos a um trabalho de avaliação.


Como toda obra humana - inclusive as que contam com a inspiração divina -, traz a marca do inacabamento. Situam-se no plano histórico e, por conseguinte, requerem renovação, atualização, adequação às novas exigências. Este exemplo ratifica essa abertura de Comblin, e das equipes que o acompanhavam, ao novo, às novas condições histórico-conjunturais. Por que não tomar a sério tal procedimento pedagógico? As considerações que seguem, têm a ver mais diretamente ao caso da Escola de Formação Missionária de Santa Fé, na Paraíba, com a humilde expectativa de que algumas dessas considerações possam eventualmente ser úteis às Escolas coirmãs.


Neste sentido, com base em diversos elementos de avaliação relativos à Escola de Santa Fé, trato de compartilhar algumas possíveis pistas, em busca de renovação: “Reformata, Ecclesia semper reformanda est”.



Processo de discernimento vocacional


Sabemos como frutuosos critérios de reconhecimento vocacional tiveram - e, em certa medida continuam tendo - a indicação de Bispos e de Párocos. Vivíamos em tempos mais proféticos. Isto já não corresponde plenamente à realidade presente. Ressalvadas as exceções, não raramente as indicadas/ indicados por esta via parecem não confirmar as qualidades esperadas para o compromisso missionário de nossa realidade atual. Importa ensaiar novos critérios de confirmação dos sinais vocacionais apresentados pelos postulantes. Nos anos 80, por exemplo, o processo seletivo dos postulantes, além de contar com indicações oferecidas pelos Bispos da época, ainda requer algumas semanas de convivência comunitária, como condição a um melhor discernimento vocacional, critério que se mostrou bastante fecundo.


Dadas as novas exigências histórico-conjunturais, somos instados a combinar diferentes critérios, dentre os quais destacamos:


Para o período de discernimento vocacional, continua eficaz o critério da convivência comunitária, posto que o próprio discernimento vai se mostrando também pelo reconhecimento da Comunidade, o que só pode acontecer em clima de convivência.


Coordenação Colegiada, com alternância, formada por professores/professoras e estudantes egressos.


O espírito participativo que anima nossas Escolas de Formação Missionária tem-se revelado fecundo. Com efeito, diversos de nossos egressos e egressas vêm também compondo tarefas de coordenação e de animação, experiência pedagógica a ser reafirmada, de modo mais intenso. Em Busca de assegurar uma crescente participação mais efetiva de nossos egressos e egressas como integrantes da equipe da Coordenação convém realçar, igualmente, tanto a dimensão colegiada quanto a necessidade de alternância periódica dos membros da Coordenação.



Atualização dos componentes curriculares


Sem deixarmos de reconhecer os aspectos positivos constantes dos componentes curriculares fundados em uma perspectiva disciplinar, percebemos também seus limites, principalmente em meio a uma sociedade, vivendo uma mudança de época. Neste caso, tem-se mostrado mais frutuosa abordagem dos conteúdos, não baseados propriamente em “disciplinas” mas, trabalhadas por temas, voltados para as diferentes demandas de nossa realidade presente, sendo cada tema analisado comunitariamente sob os mais diferentes ângulos da realidade, e de modo interconectado. Não é novidade, a este propósito, a necessidade de priorização de temas tais como: “Emergência climática”, “Transição energética”, “Agroecologia”, “Processo de humanização”, “Eco-socialismo”, “Paradigma do Bem-viver”, “Espiritualidade Reinocêntrica”, “Igreja em saída”, “Patriarcalismo”, “Discipulado de iguais”, “Teologia Eco-feminista”, “Decolonialidade”, “Clericalismo”, “Relações sociais de gênero”, de etnia, geracionais, de procedência geográfica, apenas para mencionar algumas prioridades temáticas emergentes. Temas a serem trabalhados, também em conexão com textos bíblicos, litúrgicos e ainda com o legado do Concílio Vaticano II, de Medellín, de Puebla, as principais Encíclicas sociais e Exortações apostólicas.



Emprego do tempo de formação


Somos chamados e chamadas por um lado, a dar sequência ao espírito e a metodologia de trabalho que vem caracterizando, à luz da Teologia da Enxada, e, por outro lado, a atualizar procedimentos requeridos pela nova conjuntura sócio-eclesial. Neste sentido, nosso processo formativo segue inspirado nas atividades axiais: Oração, Trabalho, Estudos, Encontros comunitários. Ao mesmo tempo, cuidamos de atualizar a vivência de cada um desses momentos dinamicamente inter-relacionados, sempre à luz das novas exigências missionárias suscitadas pelo Espírito entre o povo dos pobres.


Nesta toada, abertos aos novos tempos, também somos chamados/chamadas a exercitar o discernimento - dom da Divina Ruah - quanto a forma mais adequada de duração de cada módulo, de acordo com a situação concreta das comunidades envolvidas, sempre atentas e atentos a manter o espiritual da Pedagogia combliniana.



Escolas Missionárias no mundo e nas Dioceses


Desde o início, nossas Escolas de Formação Missionária tiveram uma relação afetiva e cordial com as Comunidades Diocesanas, a começar dos respectivos Bispos, sem que para tanto tenham que ser “diocesanas”, sempre em diálogo aberto com as autoridades diocesanas.



Em busca de auto-sustentação econômica 


Tal como era frequente nos trabalhos da Ação Católica Especializada (JAC, JEC, JIC, JOC, JUC), bem como nas diversas experiências da Teologia da Enxada, tem sido uma constante o esforço comum de desenvolver nossas atividades, sempre que possível, sem depender de outras fontes, ainda que nem sempre o tenhamos conseguido. Ainda assim, importa reafirmar este horizonte de relativa autonomia, à medida que formos capazes de amealhar os nossos tostões, em vista de nossas atividades.



Eis alguns pontos que, muito brevemente ouso compartilhar, a título de uma fraterna provocação inicial a(o)s demais participantes desta retomada no esperançar de que “A Esperança dos Pobres Vive e Viverá”. Com vocês, “Alegre na Experiência”,


Alder Júlio Ferreira Calado

Educador Popular, na caminhada da Teologia da Enxada.


João Pessoa 24 de Outubro de 2025

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Em busca de uma sociabilidade alternativa: a contribuição da pedagogia e do legado freireanos

 

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Caricato outorgar-se Nobel da Paz A quem quer força estranha em seu país

 Caricato outorgar-se Nobel da Paz 

A quem quer força estranha em seu país 



Alder júlio Ferreira Calado 


Tal “Nobel” contradiz - e frontalmente -

O propósito de paz que diz trazer 


Neste caso, se a Trump fosse oferto

Diferença seria de pouca monta


A cobrança de atos, feita a Maduro 

“Esqueceram” de fazer a Maria Corina 


Velha história se repete no Caribe 

O Império, de novo, mostra os dentes 


Até mesmo o disfarce é ridículo:

Extermínio dos narcotraficantes 


Com navios, com homens, armamentos 

Ameaça invadir Venezuela  


Não bastasse perseguir o Presidente 

Ora investe igualmente contra Petro


Caso invada, certamente encontrará 

Brasil a defender-se 


Ai do Povo que precise de inimigos 

Para cobrir as notícias de sua terra 


Algo assim acontece todo dia 

Inclusive, no tocante aos Palestinos 


Mui amargos, os efeitos da discórdia

Na Bolívia vivida por seus líderes 


Antes tarde do que nunca, o Império

Arde em lutas contra Trump 


Em bem mais de um milhar de regiões 

Multidões manifestam contra o “rei”    


As políticas de cotas frutificam:

Pobres, pretos, periféricos avançam bem 


De cedência em cedência, bons princípios 

Quais porteiras, se escancaram mai

s e mais? 



João Pessoa 20 de Outubro de 2025


sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Viva! Viva a Flotilha da Liberdade: Pôs a nu a barbárie do sionismo!

Viva! Viva a Flotilha da Liberdade:

Pôs a nu a barbárie do sionismo!


Alder Júlio Ferreira Calado 


As atrocidades cometidas pelo Estado terrorista de Israel desde décadas, contra o povo Palestino e seus vizinhos do Oriente Médio, não obstante a cumplicidade e o silêncio ensurdecedor das grandes potências ocidentais, nunca deixaram de ser denunciadas e combatidas por grupos de militantes - homens e mulheres - de dezenas de países. O Movimento Flotilha da Liberdade segue sendo um emblemático testemunho de solidariedade internacionalista, bem como um exemplo de resistência profética aos sórdidos propósitos sionistas de extermínio do Povo Palestino. 


A primeira iniciativa deste Movimento se deu, em 2008, também em consequência dos crimes do Estado sionista contra o Líbano. Desde o início destas iniciativas protagonizadas por militantes internacionalistas, a exemplo de Greta Thunberg, Thiago Ávila, Luizianne Lins, Rima Hassan, Nkosi Mandela, Mariana Conti e o paraibano João Aguiar - apenas para mencionar figuras mais notórias das missões mais recentes, vem sendo clara a motivação central: acudir pacificamente o Povo Palestino, mediante a entrega de alimentos não perecíveis e outros suplementos de remédios, transportados em pequenas embarcações, navegando por águas internacionais, mantendo-se seus tripulantes inteiramente desarmados, ou seja: um movimento de solidariedade internacionalista não-violento, cujo propósito, além de romper o cerco a gaza, é o de prestar ajuda humanitária às vítimas do genocídio perpetrado pelo estado sionista de Israel contra os palestinos mantido há anos em um campo de concentração e sob contínuo bombardeio do qual já resultaram, em dois anos, em 65 mil vítimas fatais das quais parte expressiva, de crianças e de mulheres.


Na série de missões já realizadas pelos protagonistas - homens e mulheres - da Freedom Flotilla Coalition (entre nós, mais conhecida como Flotilha da Liberdade), importa ressaltar alguns elementos mais relevantes:

Somos todos tomados de profunda indignação contra a cumplicidade dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais, bem como a insensibilidade de outras potências frente ao trágico genocídio, transmitido ao vivo e em cores, de que são vítimas os Palestinos bem como as populações de outros países do Oriente Médio (Líbano, Síria, Iêmen, Irã, entre outros) ;

A capacidade de resistência ativa protagonizada por centenas de mulheres e homens, procedentes de dezenas de países, de vários continentes, com firme objetivo de denunciar o genocídio praticado em gaza pelo estado sionista de israel;

A coragem e determinação dos integrantes da flotilha da liberdade, correndo evidentes riscos de ataques letais, de sequestros, de espancamento, de tortura, de prisões, por manifestarem solidariedade efetiva às vítimas do genocídio em curso;

A capacidade de articulação e de organização de centenas de ativistas de mais de 40 países dos vários continentes (países tais como Espanha, Suécia, Turquia, Itália, França , África do Sul, Índia, Colômbia, Brasil, entre outros);

Como se percebe, pela linha do tempo (de 2008 a 2025, mais de uma dezena de missões vem cumprindo seus principal objetivo: o de romper o cerco a Gaza, o de denunciar o massacre perpetrado pelo Estado terrorista de Israel contra os palestinos; o denunciar a cumplicidade de governos e de Estados com o genocídio; o de convocar movimentos e grupos organizados da sociedade civil de todos os países, a se organizarem em defesa das vítimas do genocídio.


Ainda ontem, 09/10/2025, tivemos a oportunidade de acompanhar, com atenção, a chegada ao Brasil (Aeroporto de Guarulhos-SP) dos 13 brasileiros e brasileiras, participantes da Flotilha da Liberdade/2025, que emocionados narraram episódios de risco que tiveram que enfrentar, considerando todavia, relativamente inexpressivos quando comparados ao tormentoso cotidiano do Povo Palestino, vítima da barbárie sionista. Nesta ocasião,todos os 13 militantes da Flotilha tiveram a oportunidade de se expressar, seja rememorando aspectos organizativos desta edição da Flotilha (total de participantes, de navios e barcos componentes da Flotilha), seja da rota, seja dos ataques sofridos, seja ainda dos maus tratos amargados pelos tiranos do Exército sionista, seja ainda os terríveis vexames passados nas masmorras do Sionismo. 


Entendemos, em síntese, tratar-se de um testemunho eloquente de amor e de solidariedade, não apenas ao Povo Palestino como também ao conjunto dos humanos, razão pela qual nos cabe expressar vivamente nossa mais profunda solidariedade aos 13 militantes, bem como ao conjunto dos 462 tripulantes das 44 embarcações componentes da Flotilha da Liberdade nesta edição mais recente.


Enfim, por oportuno, cumpre registrar dois fatos mais recentes: o cessar fogo na Faixa de Gaza, o que representa um respiro e um sinal de esperança, ainda que frágil; e a concessão do prêmio Nobel da paz a Maria Corina Machado, figura nada inspiradora do que deveria representar tal premiação.


João Pessoa, 10 de Outubro de 2025.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Viva o Povo nas ruas, outra vez Em centenas de cidades pelo Brasil

 Viva o Povo nas ruas, outra vez 

Em centenas de cidades pelo Brasil 


Alder Júlio Ferreira Calado


Sepultar o Projeto da anistia 

Juntamente com a PEC da bandidagem 

 

Justo entre a virtude e a fortuna 

O discurso na ONU, feito por Lula


Toda a Cúpula burguesa é escravocrata 

Suícidio, com ela dialogar


Pra que serve o Fundo Partidário?

Pra extorquir o erário do Brasil


São bilhões destinados ao Fundo Partidário

Retirados do orçamento da União 


O PL financia a familícia 

Que custeia projetos contra nós 


É preciso enterrar, de uma vez 

A ideia de anistias aos golpistas 


A Flotilha navega, com escolta 

De navios de Itália e Espanha 


Dezesseis brasileiros na Flotilha

Inclusive Deputada Luizianne


Presidente da Colômbia, Gustavo Petro 

Fez discurso profético, lá na ONU 


Sua Pauta é precisa e contundente

Destaquemos seus tópicos principais 


Os Estados fracassam em seu papel 

Surge um novo Sujeito: a humanidade 


È urgente enfrentar, em todo o mundo 

A cruel opressão da dívida externa 


A política das drogas segue errática 

São os narcotraficantes, a raiz


Em dez anos, podemos minorar 

A ameaça que pesa sobre os humanos  


Um trilhão ponto dois urge aplicar 

Em energia não fóssil, no Planeta 


Pra deter genocídio lá em Gaza

Que se envie uma força de paz a Israel   

  

Super-ricos isentos de impostos

São os pobres que pagam, a duras penas 


Tributária justiça é garantir

Fiquem os pobres no Orçamento, e no imposto os ricos 


João Pessoa 01 de Outubro de 2025.



(cf. https://youtu.be/7SM-6TQM21A?si=5KjES9-Jt6RZNEjZ)