Viva! Viva a Flotilha da Liberdade:
Pôs a nu a barbárie do sionismo!
Alder Júlio Ferreira Calado
As atrocidades cometidas pelo Estado terrorista de Israel desde décadas, contra o povo Palestino e seus vizinhos do Oriente Médio, não obstante a cumplicidade e o silêncio ensurdecedor das grandes potências ocidentais, nunca deixaram de ser denunciadas e combatidas por grupos de militantes - homens e mulheres - de dezenas de países. O Movimento Flotilha da Liberdade segue sendo um emblemático testemunho de solidariedade internacionalista, bem como um exemplo de resistência profética aos sórdidos propósitos sionistas de extermínio do Povo Palestino.
A primeira iniciativa deste Movimento se deu, em 2008, também em consequência dos crimes do Estado sionista contra o Líbano. Desde o início destas iniciativas protagonizadas por militantes internacionalistas, a exemplo de Greta Thunberg, Thiago Ávila, Luizianne Lins, Rima Hassan, Nkosi Mandela, Mariana Conti e o paraibano João Aguiar - apenas para mencionar figuras mais notórias das missões mais recentes, vem sendo clara a motivação central: acudir pacificamente o Povo Palestino, mediante a entrega de alimentos não perecíveis e outros suplementos de remédios, transportados em pequenas embarcações, navegando por águas internacionais, mantendo-se seus tripulantes inteiramente desarmados, ou seja: um movimento de solidariedade internacionalista não-violento, cujo propósito, além de romper o cerco a gaza, é o de prestar ajuda humanitária às vítimas do genocídio perpetrado pelo estado sionista de Israel contra os palestinos mantido há anos em um campo de concentração e sob contínuo bombardeio do qual já resultaram, em dois anos, em 65 mil vítimas fatais das quais parte expressiva, de crianças e de mulheres.
Na série de missões já realizadas pelos protagonistas - homens e mulheres - da Freedom Flotilla Coalition (entre nós, mais conhecida como Flotilha da Liberdade), importa ressaltar alguns elementos mais relevantes:
Somos todos tomados de profunda indignação contra a cumplicidade dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais, bem como a insensibilidade de outras potências frente ao trágico genocídio, transmitido ao vivo e em cores, de que são vítimas os Palestinos bem como as populações de outros países do Oriente Médio (Líbano, Síria, Iêmen, Irã, entre outros) ;
A capacidade de resistência ativa protagonizada por centenas de mulheres e homens, procedentes de dezenas de países, de vários continentes, com firme objetivo de denunciar o genocídio praticado em gaza pelo estado sionista de israel;
A coragem e determinação dos integrantes da flotilha da liberdade, correndo evidentes riscos de ataques letais, de sequestros, de espancamento, de tortura, de prisões, por manifestarem solidariedade efetiva às vítimas do genocídio em curso;
A capacidade de articulação e de organização de centenas de ativistas de mais de 40 países dos vários continentes (países tais como Espanha, Suécia, Turquia, Itália, França , África do Sul, Índia, Colômbia, Brasil, entre outros);
Como se percebe, pela linha do tempo (de 2008 a 2025, mais de uma dezena de missões vem cumprindo seus principal objetivo: o de romper o cerco a Gaza, o de denunciar o massacre perpetrado pelo Estado terrorista de Israel contra os palestinos; o denunciar a cumplicidade de governos e de Estados com o genocídio; o de convocar movimentos e grupos organizados da sociedade civil de todos os países, a se organizarem em defesa das vítimas do genocídio.
Ainda ontem, 09/10/2025, tivemos a oportunidade de acompanhar, com atenção, a chegada ao Brasil (Aeroporto de Guarulhos-SP) dos 13 brasileiros e brasileiras, participantes da Flotilha da Liberdade/2025, que emocionados narraram episódios de risco que tiveram que enfrentar, considerando todavia, relativamente inexpressivos quando comparados ao tormentoso cotidiano do Povo Palestino, vítima da barbárie sionista. Nesta ocasião,todos os 13 militantes da Flotilha tiveram a oportunidade de se expressar, seja rememorando aspectos organizativos desta edição da Flotilha (total de participantes, de navios e barcos componentes da Flotilha), seja da rota, seja dos ataques sofridos, seja ainda dos maus tratos amargados pelos tiranos do Exército sionista, seja ainda os terríveis vexames passados nas masmorras do Sionismo.
Entendemos, em síntese, tratar-se de um testemunho eloquente de amor e de solidariedade, não apenas ao Povo Palestino como também ao conjunto dos humanos, razão pela qual nos cabe expressar vivamente nossa mais profunda solidariedade aos 13 militantes, bem como ao conjunto dos 462 tripulantes das 44 embarcações componentes da Flotilha da Liberdade nesta edição mais recente.
Enfim, por oportuno, cumpre registrar dois fatos mais recentes: o cessar fogo na Faixa de Gaza, o que representa um respiro e um sinal de esperança, ainda que frágil; e a concessão do prêmio Nobel da paz a Maria Corina Machado, figura nada inspiradora do que deveria representar tal premiação.
João Pessoa, 10 de Outubro de 2025.
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