PRA COMPOR BOA TRÍADE, AOS ESTATUTOS
SÓ LHES FALTA O DA LUTA, Ó BOA GENTE
Alder Júlio Ferreira Calado
Estatutos nós temos variados
Da criança, do Idoso, da Mulher…
Temos leis para o gosto que se quiser
Mesmo assim, mais e mais e com os brados
Os direitos dos pobres são negados
Por si mesmas, não bastam nossas leis
Interesses dos grandes têm mais vez
Despertar é preciso para a ação
Esperar inativos é em vão
Estatuto certeiro não se fez
Foi por conta das Lutas Camponesas
Que em 64 vem triunfar
Colocando camponez em seu lugar
Com o estatuto da terra vindo à mesa
A questão da reforma segue acesa
Sindicato, apesar de protegido
Na CONTAG tem apoio naqueles idos
Na Igreja irrompe oposição
Sindicatos pelegos sucumbirão
Junto a grupos diversos aguerridos
Estatuto do homem é o segundo
Vem da lavra do grande Thiago Melo
Expressando em poema denso e belo
O melhor do seu sonho de um novo mundo
Inspirado em Isaías, tão profundo
Nos propondo valores axiais
Pra alcançar a Justiça, o Bem, a Paz
Apontando horizonte alvissareiro
Pro caboclo, pro índio, pro roceiro
Por caminhos certeiros, sempre mais!
O Estatuto da Luta é que funda
O da Terra e o do Homem, precedentes
À medida que cabe a nossas gentes
Pôr em marcha a força que as inunda
Terra fértil a Terra, Nação fecunda
Terra, Homem, Luta, de mãos dadas
Precioso papel cabendo a cada
Vai forjando um País de Liberdade
Impedir essa marcha, quem há de?
Mãos à obra, passemos à empreitada
João Pessoa, 16 de fevereiro de 2022
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