POIS QUEM GERA A GUERRA HÁ DE PROVAR
UM INFERNO DANTESCO, PELOS SEUS CRIMES
Alder Júlio Ferreira Calado
Indignemo-nos mais e avancemos
Superando a barbárie - o Capital
O seu Deus deletério e tão letal
Em canoa lançada ao mar, sem remos
Nos movendo a fazer o que não cremos
Contra tão desigual modo de vida
Pois mantê-lo seria suicida
Moradores de rua sem direitos
Sem que planos urbanos sejam feitos
É pra isso que a História nos convida?
Insurjamo-nos contra quem devasta
De mil formas, o Planeta e seus viventes
Agrobusiness, garimpos que ferozmente
Envenenam solos, rios, em área vasta
A quem mata a floreta, demos basta!
Levantemo-nos também contra banqueiros
Que bem mais que a COVID são coveiros
De milhares de óbitos, no País
Protegidos por leis demais servis
É urgente enquadrar os embusteiros!
Gigantescas empresas combatamos
De armamento, agrotóxico, petroleiras
De remédios inúteis, trapaceiras
Controlando o consumo em vários ramos
E também produção controlar vamos
Tendo claro que o Estado as legaliza
Basta ver o que dizem as pesquisas
E o Congresso entreguista lhes é sujeito
Tantos votos comprados fazem efeito
Um sistema de morte não se alisa!
Quê dizer de um País como o Brasil?
Um gigante produtor de alimentos
Cujo povo faminto em passos lentos
A procura de osso e lixo vil
Pois as suas riquezas, gere um covil
Quê dizer de uma Câmara de vendidos
Que, eleitos, parecem mais bandidos
Representam a si mesmos, não ao Povo
É urgente forjar o mundo novo
Superando falsários carcomidos
Neste chão do país, rastejam à toa
Periféricos, pretos, favelados
Grande parte com processos não julgados
Governantes impunes, numa “boa”
PGR protege, agindo à toa
E se fosse um Governo de Esquerda
Que fizesse um por cento dessas perdas?
Outro golpe teria já curtido
Nós estamos cercados de bandidos
De gravata, sendo as massas ‘inda lerdas
Que dizer de uma Câmara que permite
Que seu chefe Arthur Lira se aposse
De poderes que ferem nada “doce”
Usam as metas do povo qual dinamite
Em favor de si próprios, da elite
Expulsando os pobres do orçamento
E livrando de impostos os opulentos
Conivente, a Justiça bem mais faz
Em favor dos “de cima”, dos boçais
No final, só protegem os avarentos.
A COVID escancara veias abertas
As enormes distâncias sociais
Entre o Povo e a elite de boçais
Nas mãos destes, riquezas encobertas
Povo vive de migalhas, de “ofertas”
Que dizer da maldade monstruosa
Do montante da “dívida” nebulosa
Que ao país do abismo põe à frente
Que do PIB consome parte ingente
Já foi paga esta dívida impiedosa.
Indignemo-nos contra os tais eleitos
Que declaram ser nossos representantes
E da vida do Povo tão distante
A transporte de luxo são afeitos
Pra subir, sempre dão um certo jeito
Quando o Povo vai a pé, metrô lotado
Se adoece, só o SUS tem do seu lado
É a pública, a escola que frequenta
Por que não nova Lei não se inventa
A gestores e Povo, o mesmo lado
A barbárie em Moïse perpetrada
É frequente ao que é feito a pobres, pretos
Que são alvo de quem os torna “gueto”
Nossa gente é vítima dessa toada
Pela casta burguesa liderada
Os “de baixo”, porém, resistem fortes
Sem cederem a qualquer pacto de morte
Pelas ruas e praças dizem “não!”
Nossa luta jamais será em vão
Combatendo essas forças desalmadas
Gasolina chegando a mais de dez
E a política de preços continua
Isto muda com nosso povo na rua
Procurando retomar a sua vez
Pois já basta o quanto Moro fez
Em sequência dos golpistas de dezoito
Desmontando o Brasil, com gesto afoito
Já é tempo de fazer justiça ao povo
Empenhemo-nos num horizonte novo
Superemos o trauma de dezoito
João Pessoa, 02 de fevereiro de 2022
Um texto cortante! Parabéns por essa carta aberta em forma de poesia!! Irei compartilhar maximamente!!
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