UMA “BOMBA” DE SETE "TERABYTES" /
HISTÓRIA/ IMPONDERÁVEL SÃO COISA RARA
Alder Júlio Ferreira Calado
Na História, aporia também conta
Algo escasso, não de todo excluído
De repente se escuta seu zumbido
Irrompendo qual vulcão de grande monta
A mudança de rumo nos aponta
Surpreende quem se esconde na coivara
E, de vez, a verdade desmascara
Faz gemer as elites da “soçaite”
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Mesmo quando razões fortes se têm
De se ver transbordar todo limite
Sem que o povo proteste e até se agite
Vez por outra, na história, sobrevém
Fato insólito, esperado por ninguém
Assustando as elites tão avaras
Massa irrompe na rua - alguns com vara
Interrompem os burgueses, suas “nigths”
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Quem diria que, há pouco tempo atrás,
Toda aurea de herói em Moro aposta
De repente, riu,virando-lhe as costas
Mesmo quantos sabiam quão capaz
Era Moro o juiz que pane traz
Entregando o país a gente ignara
E, de súbito, um “hacker” desmascara
Capturando na ''nuvem'' os seus "sites"
Uma bomba de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Pra provar à justiça, ato raso
Eis que o jovem Delgatti, de Araraquara
Hackeando impostores, desmacara
Que havia sofrido não por acaso
Ao contexto, não defaso
Desmontando a farsa, logo de cara
Libertar-se logrou da escura “night"
Desmontando "lawfare" que Moro armara
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Desde então, “Intercept” deu guarida
Recebendo um volume bem extenso
De conversas que ofendam o bom senso
De quem espera a Justiça que é devida
De agentes da Lei:questão de vida
Tudo quanto se vê na dita Vara
Do conluio Justiça do conluio-mídia cara
Prato horrendo, de gosto nada “diet”
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Apesar do que o Globo silencia
Longo tempo, o teor do vazamento
Às injúrias de Moro, desatento
Sair nas redes sociais, seguidos dias
Mesmo a Folha, em suas páginas, noticia
A Justiça, afinal, se opõe à Vara
E Fachin, provocado, enfim aclara
Anulando sentenças nada “lights”
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Um dos dramas que este caso esclarece
É o golpe ao Estado de dezoito
Sob a égide dos brutos mais afoitos
A insânia ao País ao fundo desce
Amulando dos justos toda a prece
Deste pleito os vícios escancara
Seu caráter de fraude pondo às claras
E das forças das trevas, a longa “night”
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Desgoverno ilegítimo instalado
Pela força de um golpe de Estado
As diversas esferas do País
São entregues às sanhas mais servis
Da Nação degradando a raiz
Qual empresa em falência, a Nação para
Povo pobre é tratado sob vara
E as crises se agravam - contam os “sites”
Uma “bomba”de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Previdência, Trabalho, Ambiente
Desemprego,Indígenas, Quilombolas
A Nação por inteiro se isola
O desmonte é profundo e persistente
Neofascistas,então, mostram seus dentes
Tal horror nada antes escancara
Da linhagem pior é esse “cara”
Exorcista,o povão lhe grita: "vai-te!"
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
Provocado por ação do paciente
Bem arguindo os vícios do processo
Atestando de Moro ato incofesso
E do vício formal, abertamente
Reconhece o Ministro competente
Anulando condenas, vis, amaras
Contra Lula, que Moro condenara
Finda o gozo de quem se julga "light"
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
A lição que extraímos para nós:
Que sigamos semeando alternativa
Ao modelo vigente, postura altiva
Ante o Estado e o Mercado, deus feroz
Levantemos sem fim a nossa voz
Seja o novo nosso alvo, nossa seara
Reforçando correntes, lutas caras
Combatendo o burguês, as elites da “soçaite”
Uma “bomba” de sete "terabytes"
História/ Imponderável são coisa rara
João Pessoa, 14 de março de 2021
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