quarta-feira, 19 de junho de 2024

A hora e a vez dos Movimentos Populares: não à “elite” escravocrata!

 A hora e a vez dos Movimentos Populares: não à “elite” escravocrata!


Alder Julio Ferreira Calado


O despertar esperançoso dos coletivos feministas, que vêm ocupando as ruas, em protesto contra a barbárie do Projeto de Lei 1904, que criminaliza crianças e adolescentes, frequentemente estupradas, a penas de ate 20 anos de prisão, constitui um sinal de resistência ativa, de que nossas organizações de base voltem a fazer o seu papel: o de protagonizar as grandes mudanças pelas quais espera e luta a sociedade brasileira, em especial os empobrecidos e marginalizados (as mulheres, povos originários, comunidades quilombolas, setores periféricos urbanos, trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, o seguimento LGBTQIA, alvo constante de homofobia, juventudes condenadas ao trabalho escravo e ao  atual sistema prisional desumano, vigente em nosso país).

Não bastasse o ameaçador cenário internacional de expansão neofacista, na Europa, eis que na atual conjuntura brasileira, a extrema direita, constantemente alimentada pela “elite” escravocrata (o setor financista, o agronegócio, as grandes empresas transnacionais e nacionais, sem excluir o obscurantismo de parcelas significativas das igrejas cristãs), vêm atacando, cada vez mais, os direitos da imensa maioria de nossa gente. Mais recentemente, alem dos ataques da “elite” escravocrata, vergonhosamente apoiada pela mídia venal hegemônica, em sua sanha de poupar os setores empresariais do pagamento de impostos, fazendo recair sobre os mais desvalidos, pesados tributos, vem se somar o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, autêntico representante do Mercado escravista, (haja vista seu constante e crescente comprometimento, com a ultradireita bolsonarista, ver, por exemplo, sua estreita relação com Tarcisio de Freitas, governador de São Paulo e de outras manifestações do gênero), que insiste em manter uma pesadíssima taxa de juros, de mais de 10%, com o claro propósito de inviabilizar e mesmo de boicotar o programa de governo vitorioso, nas ultimas eleições.  Importa, a esse respeito, lembrar sua atitude de apoio escandaloso à candidatura de Bolsonaro, quando ele já era o presidente do Banco Central, sem qualquer escrúpulo de vestir a camiseta verde-amarela em público (e ainda tem o descaramento de se dizer apenas um “técnico” ). 

E neste momento, que nossas organizações de base (em especial, os movimentos sociais do campo e da cidade), têm o dever histórico de, a exemplo do que estão fazendo os coletivos feministas, mostrar sua cara em praça publica, exigindo a renúncia ou a demissão de Roberto Campos Neto e reivindicar um Banco Central afinado com o programa vitorioso das ultimas eleições, e não subordinado ao Mercado escravista, que não se submeteu a qualquer processo eleitoral. 

Fora Roberto Campos Neto! Não à suposta “independência” do Banco Central, completamente subordinado aos interesses da “elite” escravista!


João Pessoa, 19 de junho de 2024







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