Alder Júlio Ferreira Calado
Cada dia, se faz mais claramente
A indecência da classe dominante
E dos olhos seus males temos diante
De mil modos, oprime nossa gente
E o planeta agride, impunemente
Trata o pobre de traste, imbecil
Sempre Atrás de apanhá-lo em seu ardil
Atraiçoa o povo, sufocam mata
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
A direita comete hipocrisia
Faz o que lhe apraz o lado extremo
Desde que liberal seja seu remo
O apoio da direita sempre se alia
Ao Império se acosta e se afilia
Ao Rentismo transfere o Brasil
Seu caráter demonstra ser servil
Atraiçoa o Povo, sufoca e mata
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
Um Congresso eleito, em maioria
Pelo apoio de grandes empresários
Tais eleitos se tornam signatários
È preposto de quem os financia
Aprovando os projetos da burguesia
Relegado se faz setor civil
Sucumbindo a Nação a este ardil
Repetida, a tragédia só maltrata
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
Paulo Guedes, Alcolumbre, Rodrigo Maia
Diferença não têm substantiva
Reforçando o projeto, o trio ativa
Um projeto classista bem se ensaia
E pra estes os “de baixo” só tem vaia
Os "debaixo" não ganham um só til
E Assim saqueando o Brasil
Flora e fauna destroem, os plutocratas
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
Isto prova quão frágil é eleição
Se algo muda, é pra ser coisa igual
Não ataca a raiz do próprio mal
Os mais ricos assim só ganharão
O esforço do pobre tornando vão
Sua tática se mostra bem sutil
Eleitores não passam de funil
E assim vão reinando os magnatas
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
O "lawfare" e estratégias mais vulpinas
Produziram efeitos deletérios
Resultado alterando sem critérios
A Justiça rendeu-se à triste "sina"
E eleitos com fraude, determina
O sistema revela-se tão vil
Cheio de truques, mentiras - um covil
Todo o povo avilta assim destrata
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
De um lado e do outro, quais figuras
Latifúndio, rentismo, corporações
Todos entes privados nada bons
Zuckerberg, Steve bannon, faces duras
Donald Trump, Bolsonaro - que criaturas!
Guedes, Maia, Alcolumbre - ala civil
Dalagnol, Sales, Moro - cenas mil
Ao Império servil, ó gente “grata”
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
Patriotas se dizem... longe disso
As riquezas entregam ao capital
Com promessas de troca colossal
Com o'império celebram compromisso
Aos direitos dos pobres são omissos
A instância estrangeira é servil
Prejuízo causando ao Brasil
Sempre arrumam escusas abstratas
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
Burguesia e elite equiparo
Em que pese alguma diferença
Capital cada uma bem incensa
Pra gerir o sistema tem preparo
Seu intento, porém, é sempre avaro
Se ao pobre dá trinta, retém mil
Transbordante mantém o seu barril
Os sinais de mudança desbarata
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
Proprietária dos meios de produção
O sistema controla amplamente
Das ideias, valores toma a frente
Grande mídia, jornais fiéis lhe são
E atua qual dona da nação
Da Justiça parceira - não tão sutil
O Congresso implementa o mesmo ardil
Pão e circo - é assim que ao povo trata
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
A saídas buscar somos estados
Eleição já não sendo minha aposta
Não me oponho a quem a ela se acosta
Desde que não a torne em primado
Nossa força provém dos humilhados
Do trabalho de base - setor civil
Junto aos quais já vencemos cenas mil
Nossa história de séculos retrata
A elite brasileira é escravocrata
Serviçal ao Império; ao pobre, hostil
João Pessoa, 24 de agosto de 2020
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