Israel x Palestina: Perguntas incômodas
Alder Júlio Ferreira Calado
Ao completar-se um mês desde os deploráveis atos terrorista praticado pelo Hamas contra os Israelenses e pessoas de outras nacionalidades (fala-se em 1.500 mortos), resultando em centenas de mortos e feridos, e os atos terroristas extremamente desproporcionais cometidos pelo estado sionista de Israel, a perpetrar incessantes bombardeios e ataques genocidas contra os Palestinos, na Faixa de Gaza, resultando em torno de 11 mil assassinatos de palestinos, dentro os quais mais de 3.500 crianças, somos tomados de indignação e revolta, e passamos a nos fazer perguntas incômodas.
Pelo menos, durante esses últimos 30 dias, enquanto seres humanos, enquanto cidadãos e cidadãs comprometidos com a justiça e a paz, temos tido a preocupação de melhor conhecer o que anda acontecendo entre Israel e Palestina?
Durante este período temos tido a curiosidade de saber as causas desses massacres, para além dos últimos 30 dias?
Tomando, por exemplo, o final da Segunda Guerra Mundial como uma das referências históricas desses conflitos, tendo ao nosso alcance um mapa da região daquela época, sabemos um número de Palestinos e de Judeus que ali viviam e conviviam, durante séculos?
Com que critérios foi decidida a criação do Estado de Israel?
Houve consulta prévia para a implantação do Estado de Israel, também feita aos Palestinos?
Como foi feita a distribuição dos territórios entre Judeus e Palestinos?
Foi justa a destinação da área dos territórios ao Estado de Israel?
Que área acabou sobrando para os Palestinos?
Quantos milhares de Palestinos tiveram que ser expulsos de suas terras, invadidas e apropriadas por Israel?
Dentre os sucessivos massacres cometidos por Israel contra os palestinos, o que sabemos, por exemplo, da chamada “Guerra dos 6 dias”?
Sabemos a dimensão dos novos territórios conquistados por Israel, como se já não fosse abusiva a apropriação violenta desde 1947/1948?
Qual a posição de Israel, após a assinatura dos acordos de paz: foi assegurado aos Palestinos o direito de viverem como cidadãos, nos mesmo termos dos cidadãos israelenses?
De 2006 para cá, sabemos as condições concretas em que viviam os palestinos, tanto na Cisjordânia, quanto na Faixa de Gaza: extrema penúria, desemprego superior a 60%, grande parte da população sobrevivendo abaixo da linha de pobreza, bloqueio de estrada, ameaças dos colonos, recursos hídricos e mobilidade controlados por Israel…?
Sabemos quantas Resoluções de punição a Israel foram votadas pela ONU, cuja aplicação nunca teve lugar, por conta de veto dos EUA e aliados?
Em todo essa calamidade, qual tem sido o papel dos Estados Unidos e grandes potências ocidentais: De socorro efetivo à população subjugada da Palestina ou apoio incondicional ao Estado sionista de Israel, com alto financiamento, com armamento pesados e com ameaças aos aliados dos Palestinos?
Como aceitar a extrema parcialidade da mídia hegemônica, que se tem tornado mera porta-voz de Israel, dos EUA e de seus aliados?
Temos buscado nos informar, recorrendo a fontes alternativas à mídia hegemônica?
O que explica a retenção de 34 brasileiros, que esperam há semanas, sua liberação, apesar de todos os esforços diplomáticos do Governo brasileiro?
João Pessoa, 08 de Novembro de 2023.
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