quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Elizabeth Teixeira, 100 anos: testemunho do esperançar dos que seguem lutando

Elizabeth Teixeira, 100 anos: testemunho do esperançar dos que seguem lutando Alder Júlio Ferreira Calado Hoje, celebramos o centenário, em vida, de Elizabeth Teixeira, ícone de nossa história de lutas. Sobre ela convergem nossas atenções: toda uma programação em sua homenagem está sendo organizada pelos familiares e pelo Memorial das Ligas e das Lutas Camponesas da Paraíba (cf. https://www.ligascamponesas.org.br/). Diversos textos comemorativos, em poesia, em prosa e em outras linguagens artísticas lhe são dirigidos, (cf. https://www.brasildefato.com.br/). Ao contemplarmos a densa trajetória de Elizabeth Teixeira, também nos sentimos remetidos à conhecida afirmação de Bertolt Brecht que, parafraseando, replicamos: “Há pessoas que lutam um dia e são boas, há outras que lutam um ano e são melhores, há as que lutam muitos anos e são muito boas. Mas há as que lutam toda a vida e estas são imprescindíveis". Assim tem sido com efeito, Elizabeth Teixeira, figura emblemática entre diversas outras, a exemplo de João Pedro Teixeira, de João Alfredo Dias (“Nego Fuba”), Pedro Inácio Araújo (“Pedro fazendeiro”), apenas para mencionar os principais protagonistas da Liga Camponesa de Sapé, sem esquecer outros grandes protagonistas das Ligas Camponesas do Engenho Galileia, em pernambuco, e de outros Estados. Eles e elas constituem alvo de nossa eterna reverência, como lutadores e lutadoras pela Reforma Agrária, sobretudo no período entre meados dos anos 50 e meados dos anos 60, no Brasil, somando-se aos demais lutadores e lutadoras pelas então chamadas “Reformas de Base” (Reforma Agrária, Reforma Urbana, Reforma Bancária, Reforma da Educação, entre outras). Em Elizabeth Teixeira reconhecemos uma testemunha viva do esperançar dos lutadores e lutadoras por uma nova sociedade, por um novo modo de produção, de consumo e de gestão societal. As lutas e os momentos de agruras por Elizabeth Teixeira enfrentados, não foram em vão. Transmudam-se em sementes vivificantes a germinarem a seu tempo. A melhor homenagem que lhe prestamos, em seu centenário, é a de dar-lhe provas de que sua trajetória de lutas segue sendo testemunhada também por nós, de acordo com os novos desafios. Seja Elizabeth Teixeira uma inspiração vivificante para as nossas organizações de base, do Campo e da Cidade! João Pessoa 13 de Fevereiro de 2025

Um comentário:

  1. Camarada Alder Saudações plenas, obrigado pelo texto ao sintetizar uma vida de tamanha perseverança nas lutas. Elizabeth é sem igual no mundo, acredito.

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