GRAVE CRISE
(TAMBÉM) DE REFERÊNCIAS E DE VALORES:
à procura
de rumo, caminhos e estilo de vida de novo tipo
Alder Júlio Ferreira Calado
Seguimos imersos em uma profunda e prolongada crise econômica,
ético-política, ecológica, hídrica... Atemo-nos, desta feita, mais diretamente
a uma dimensão específica da atual crise: a que diz respeito à perda ou
distanciamento de irrenunciáveis valores
que devem inspirar, animar e orientar, seja no âmbito coletivo, seja no plano
pessoal, a práxis das forças sociais ou
dos sujeitos históricos que se pretendam alternativos ao atual modelo societal.
À semelhança de outros contextos como o dos anos 80, no
Brasil, quando se falava numa “década perdida”, também no Brasil de hoje, na
América Latina e em escala mundial, de 2008 para cá, ainda que no Brasil tal
espectro de crise venha se acentuando, após 2012, também se pode falar, pelo
menos, em algo parecido. O fato de que, à época dos anos 80, a avaliação acerca
da “década perdida”, continha um componente sobretudo econômico - em grande medida, vinculado aos trágicos
efeitos da famigerada dívida externa -,
isto não quer dizer que, no mesmo período, não se tenham registrado ganhos
significativos, como foi o caso do (re)surgimento de movimentos populares,
sindicais, pastorais sociais, no campo e na cidade, com grande ímpeto transformador,
comprometidos com a construção de um modelo alternativo de sociedade.
Em textos recentes, em várias ocasiões, já tivemos
oportunidade de ferir distintos aspectos deste panorama de crise. Nestas
linhas, reiteramos o proposito de nos atermos apenas uma dimensão da crise – a
da crise de referências e de valores.
Parte expressiva das forças sociais – movimentos populares, movimentos
sindicais, pastorais sociais e outras organizações de base de nossa sociedade
-, após um período de expressivas lutas, dissabores e conquistas, graças ao seu
notável protagonismo ético-político de transformação (neste instante, me vem à
lembrança uma de suas iniciativa – a da
campanha “Ética na Política”, em meados dos anos 90, dentre lutas e movimentos
analisados por Maria da Glória Gohn, cf., por ex.,
tem apresentado, nos
dias atuais, fortes sinais de desnorteamento, de perda de bússola ou de
considerável distanciamento de referências e de valores que animavam seu
esforço organizativo, formativo e de mobilização. Um dentre tantos sintomas
observáveis é, por exemplo, sua contumaz teimosia em manter-se DEMASIADO
absorta no plano imediatista dos conflitos, sem tomarem a MÍNIMA distância
(auto)crítica dos acontecimentos em curso. Todas as suas forças, todas as suas
energias “criativas” (que, pelos frutos colhidos, já não se mostram
revolucionárias, no sentido atribuído por Adolfo Sánchez-Vázquez, em seu livro
“Filosofia da Práxis”, publicado, há alguns anos, pela Expressão Popular),
enfim toda a sua aposta em responder a revejo a cada ponto da pauta da
oficialidade, inclusive a interminável sucessão de escândalos protagonizados
por agentes políticos das distintas esferas estatais, governamentais, em
conluio com grandes figuras empresariais...
A manter-se tal estado de coisas, resulta quase impossível a
essas forças sociais travarem uma luta eficaz que, mais do que de meras
resistências pontuais aos ataques desferidos crescentemente pelas forças
adversárias, seja capaz de ousar passos grávidos de verdadeira alternatividade,
ainda que de efeito molecular, mas sempre de modo a articular o curto, o médio
e o longo prazos, e dispostas a aprender com a história, irem costurando
adequadamente passado-presente-futuro.
Múltiplos são os sinais ao alcance de quem se disponha a
percebê-los, de que a superação dos desafios axiais do presente passa
necessariamente pela retomada, reintrojeção e implementação de referências e de
valores compatíveis com a condição de sujeitos históricos que se pretendam protagonistas
alternativos ao atual modelo societal hegemônico. Um dos primeiros passos,
nesta direção, é o de repensar ou refazer o rumo da caminhada. Como lembra, a
justo titulo, um experimentado militante
das lutas populares, em texto semanal compartilhado com um público eclesial,
importa dar atenção ao dito popular, segundo o qual “Quem não sabe aonde vai,
não chega a lugar nenhum”, que, por sua vez, coincide com o mote pronunciado
pela personagem José Dolores, do filme “Queimada (um filme de referência para os
militantes dos anos 70): “É melhor saber para onde ir, sem saber como, do que
saber como, e não saber para ontde ir.” Precisamos, sim, de (re)assumir
referências e valores compatíveis com os nossos objetivos. Também aqui, podemos
observar que nem devemos assumir apenas aqueles valores e referências exclusivos
do passado, nem pretender que todas as referências e valores terão que ser,
todos, recriados. Melhor é trabalharmos, sim, nossos bons clássicos, sem nos
omitirmos de atualizá-los, em constante diálogo com bons contemporâneos –
mulheres e homens, conforme a natureza dos novos desafios.
Que referências e que valores somos chamados a (re)assumir,
então, na perspectiva de seguirmos perseguindo rumo desejável? Vejamos alguns,
situando-os, seja na esfera formativa, seja no plano organizativo, seja no terreno da mobilização.
À procura de (re)assumir referências e valores compatíveis
com as urgências atuais.
* O
exercício coerente e eficaz da crítica pressupõe e começa pela autocrítica –
Não basta à nossa condição de humanos que nos mostremos seres inconclusos: é
preciso também que tenhamos consciência do nosso inacabamento. É esta
consciência que nos permite lidar adequadamente com nossos limites, em busca de
superação. O mundo novo pelo qual lutamos, a nova sociedade em cuja construção
nos empenhamos, só tem sentido se, conscientes dos nossos limites, nos
esforçamos, dia após dia, por superar, a partir de nós mesmos. Em vão, nos
declaramos comprometidos com a busca de uma nova sociabiliade, se desde já não
testemunhamos, inclusive pelo nosso estilo de vida, atitudes convincentes
compatíveis com o que dizemos ser a nossa meta: “Dize-me a qualidade do teu
cotidiano, e te direi qual sociedade sonhas construir”, escrevemos num artigo
publicado, na Revista Universidade e Sociedade, n. 12, do ANDES, em 1997.
A primeira condição que imprime credibilidade à consistência
da crítica feita, é que quem critica se coloque como possível alvo-primeiro das
acusações assacadas contra outrem. Há outras condições. Quando uma força social
ou seus alidados se tornam alvo de crítica alheia, em vão se torna enveredar-se
pela negativa ou pelas meias verdades – “Nada há oculto, que não venha a ser
revelado.” “Só a verdade é revolucioária”! Com espantasoa frequência, no
entanto, assistimos a uma imensa sucessão de negativas por parte de gente
envolvida escancaradamente em em falcatruas próprias ou de aliados. A despeito
das evidências, opta-se por optar pela via atribuída a Aristóteles: “Platão é
meu amigo, mas a verdade é mais.” (“Amicus Plato, sed magis amica veritas”). Uma
efetiva autocrítica, ademais, há de ser processual (não se trata de fazer
autocrítica, uma vez por todas...) e propositiva, isto é: capaz de nos levar a
mudança concreta de atitude, não bastando o simples reconhecimento ou
arrependimento do malfeito. É o exercício, é o sincero esforço permanente de
autocrítica que tem a condição de tornar credível nossa crítica “ad extra”: se,
antes, feita “ad intra”), seja no plano pessoal, seja no âmbito coletivo.
*
Vinculação orgânica e coerente entre prática-teoria – Parte expressiva dos
equívocos cometidos pelos movimentos sociais e demais organizações de base tem
a ver fortemente com a subestimação, o abandono da prática teórica.
Infelizmente, a dedicação a atividades práticas e teóricas, exercitada de modo
articulado, em décadas passadas, foi sendo progressivamente secundarizada ou
mesmo abandonada. Na década dos anos 80, sempre se estimulou, entre membros de
base, de coordenação ou direção, a leitura continuada de textos formativos de
gande valia, dentre os quais podia-se contar com algum jornal, com revista
(“teoria e débate”), com coletâneas de artigos assinados por figuras com
reconhedia contribuição, etc. É também por esta via que se consegue aprimorar a
capacidade perceptiva e a acuidade analítica da militância, inclusive por conterem aqueles materiais uma
saudável diversidade de posições assumidas por correntes de reflexão, ajudando
a militância a fortalecer seus critérios de análise da conjuntura histórica e
seus protagonistas. Trata-se de uma condição essencial à formação da
consciência crítica, de modo a prevenir a militância do risco de sucumbir a uma
posição viciada hoje recorrente, uma vez que se observa como praxe ler, por
exemplo, nas redes sociais, matérias provenientes da mesma fonte, por
coincidirem perfeitamente com as idéias dos leitores e leitoras. Enquanto isto,
observa-se, com frequência, a propensão nos próprio movimentos sociais de se
discutir o que agrada à direção ou à coordenação de tal ou qual movimento...
Dai a ilusão perigosa de que seja a uniformidade garantia de unidade. Algumas
perguntas, a proósito do papel da formação teórico-prática da militância, ou,
antes, da falta ou insuficiência desta formação:
- A que
se deve – a não ser a tanta negligência teórica – a aposta excessiva no
processo eleitoral (ou eleitoreiro) das forças de esquerda?
- Como
não suspeitar que o investimento excessivo na ocupação de espaços estatais,
conhecendo a natureza do Estado e sua função essencial, só poeria resultar nos
amargos frutos que experimentamos?
- Como
não situar no abandono teórico a raíz do progressivo afastamento das bases, dos
núcleos, das decisões pela base, do princípio da delação, do zelo pela
autonomia em relação ao Mercado e aos Estado da auternância de cargos e
funções, do altofinanciamento das atividades organizativas e de mobilização, do
abandono do processo formativo?
* Revisitação
incessante do passado (memória histórica), não como apenas rememoração emocional,
mas sobretudo como busca de refontização, de renovação dos compromissos frente
aos atuais desafios - Sobre
este ponto já nos reportamos ainda recentemente (cf. Textos De Alder Calado).
Baste-nos, aqui, de passagem, enfatízar alguns aspectos. Para qualquer força
social que se pretenda protagonista de uma sociabilidade alternativa ao modelo
vigente, resulta indispensável tomarem conta traços fundamentais do legado da
humanidade, em distintos lugares e tempos, sem que isto implique qualquer
pretensão de reeditar o passado. Trata-se de buscar extrair lições das
experiências passadas de povos, de movimentos sociais, em suas lutas, em suas
conquistas, em suas derrotas. Ao mesmo tempo, resulta fundamental revisitar os
bons clássicos e contemporâneos – homens e mulheres -, na medida em que se
trata de figuras de refinada sensibilidade e acuidade analítica, com muito a
contribuir com a compreensão de aspectos fundamentais dos desafios presentes.
* Leitura
crítica, interpretação criteriosa e intervenção coerente ante os fatos e
acontecementos históricos – Estando conscientes, de um lado,
da enorme e crescente complexidade da realidade social – ela não se deixa
perceber a olho nu -, e, de outro lado, de nossa inconclusão e limites, somos continuamente
instados a trabalhar mais e melhor nossa
capacidade perceptiva e de observação da realidade social, em suas mais
distintas e desafiantes manifestações, desde o chão das relações do cotidiano,
ainda que sem a pretensão de apreendê-la ou compreendê-la a contento: a a
complexidade da realidade é sempre maior do que o nosso esforço de apreendê-la,
de compreendê-la. Mas, dela podemos chegar perto ou irmos nos aproximando. Para
tanto, precisamos dotar-nos de insturmentos especiais que nos habilitem, cada
vez mais, a captar e bem interpretar parte dos seus infinitos sinais. Isto é
obra de um incessante aprendizado, de um contínuo trabalho formativo, coletivo
e pessoal. No dia-a-dia desta busca, vamos aprendendo múltiplas vias de acesso
a esta complexa realidade. Vamos, por exemplo, aprendendo que dela melhor se
aproxma quem a observa em movimento (antes, como um filme, não tanto como numa
foto). Vamos observando e registrando seus sinais. Aprendemos a melhor situar
os campos específicos desses sinais (uns mais afeitos à esfera econômica,
outros mais ligados ao campo político, outros ao plano cultural...). Vamos
aprensdendo que tais sinais não se dão de forma isolada, mas se acham
interrelacionados (o princípio da interação universal, exercitado desde
Heráclito, de que “Tudo está em movimento” (“Panta rei”), “Tudo está ligado a
tudo”. Os acontecimentos não ocorrem como numa evolução linear, mas, antes,
como um vaivém, uma sucessão de entrechoques, como em ondas. E desses
aprendizados vamos nos servindo para um constante ensaio de
apreensão-compreensão da realidade social, ainda que sempre limitada, parcial e
provisória, mas em constante busca de aprimoramento, permitindo que cheguemos
mais perto da realidade analisada.
* O Público como alvoa maior de nossa práxis – Nosso
processo de humanização comporta nossa condição de Cidadãos e Cidadãs, razão
por que nos incita à construção de um mundo, de uma sociabilidade, em que todos
caibam com dignidade, em harmonia com toda a comunidade dos viventes. Isto
requer que todos assumamos nossa como
protagonistas também dos espaços públcos, partindo de uma compreensão do
Público, a partir de sua etimologia, que evoca “populus”, povo, popular,
público. Ora, sucede que nos acostumamos mal a entender “público” como algo ligado
fundamentalmente a estatal: desde a gestão, em âmbito federal, ao que se passa
nas prefeifeituras, passando pelas escolas, universidades, saúde, etc., etc..,
esquecendo-nos de que os espaços estatatis – sobretudo hoje – podem ser
privatizados. Grave reduionismo! É urgente recuperarmos o sentido de “Público”,
a partir das relações do cotidiano. Conhecemos pessoas e grupos que, no
anonimato, se dedicam a fazer o bem, desinteressadamente, como é o caso, por
exemplo, de tantas parteiras, por este Nordeste afora, realizando um serviço
PÚBLICO de gande alcance, e com pouco reconhecimento. Enquanto isto, seguimos
alimentando a idéia de que para realizarmos um serviço público, temos que nos
candidatar a um manato públco... As consequências estão aí, graves e numerosas,
ao alcance de nossa vista...
* Diuturno cuidado em fazer prevalecer a
prática sobre o discurso, como critério de permanente busca da verdade – A cada
momento, enfrentamos situações embaraçosas, graças à nossa propensão a
julgarmos a realidade, não em cima de fatos concretos, mas pelo que dela se diz
e se repete. Desde tenra idade, somos formados a apreciar as coisas, sitações e as próprias pessoas pelo que elas
dizem, pelo seu relato oral, sem qualquer confronto com os fatos, com a
realidade concreta. Mesmo sabendo do tamanho da esquizofrenia que caracteriza,
de forma crescente, as relações do nosso cotidiano – em que, não raramente, se
sente uma coisa, se pensa uma segunda, se quer uma terceira, se faz uma quarta,
se comunica uma quinta... -, ainda assim, teimamos em buscar a verdade,
presididos, não pelo critério da prática, mas com base apenas nos relatos
orais. “A árvore se conhece pelo fruto.”
* Adequada
articulação entre trabalho manual e trabalho intelectual –Uma das
heranças colonialistas ao longo de nossa história, tem sido a dicotomia
estabelecida entre trabalho manual e trabalho intelectual. Desafio de cada dia
é irmos superando tal dicotomia, cônscios de que o processo de humanização
supõe que cresçamos como pessoas íntegras, material e imaterialmente, evitando,
inclusive, assimilar preconceitos do tipo: “Uns pensam e outros excecutam”...
* Exercício
das artes como experiência vivificante da beleza da vida - Uma das
marcas mais fortes dos humanos e nos humanos é a de se constituírem seres
contemplativos do belo, além de capazes de exercitarem as diversas expresões de
beleza contidas nas mais diferentes linguagens e manifestações artísticas, a
tal ponto que, sem as artes, torna-se mutilado o processo de humanização: o ser
humano se embrutece... Não importa qual seja a linguagem artística – desde que
libertadora -, somos todos chamados a algum tipo de exercicío artistico, seja
por meio da poesia, da literatura, da música da dança, da pintura, da escultura
da fotografia, do cinema, em breve, exercitando a arte de transfomar a natureza
em objetos culturais, seja trabalhando o barro, seja trabalhando o metal, seja
trabalhando o tecido, seja trabalhando a madeira, etc., etc.
* Cuidado
com a Casa Comum, como incessante execício de aprimoramento de nossa condição
de seres viventes em meio aos demais seres viventes do Planeta e do Cosmo - À diferença dos demais animais e
seres vivos, os humanos despontam, ao mesmo tempo, como natureza e cultura. Tal
característica nos confere a responsabilidade maior pelo cuidado de nossa “Casa
Comum”. O fato de sermos natureza (também) natureza nos faz parceiros, e não
proprietários, dos demais componentes da comunidade dos viventes. Isto implica
uma responsabilidade maior pela qualidade de Planeta em que habitamos. Difícil
é compreendermos a tragédia que nós próprios engendramos contra o planeta e
contra nós. Educação ambiêntal resulta, portanto, como tarefa nossa, no
cotidiano de nossas relações, seja no âmbito das macropolíticas, seja na esfera
munincipal, seja no terreno comunitário, seja no plano famíliar e no pessoal.
* Exercício
da mística revolucionária - A própria
consiência dos limites nos convida à experiência mística revolucionária, como
condição de observância dos valores que nos animam, como condição de nossa
perseverança no compromisso revolucionário, que se faz e refaz, a cada dia, inspirados
e alimentados pelo legado de figuras que doaram sua vida pela Liberdade e pela
construção d eum novo modo de produção, de um novo modo de consumo, de um novo
modo de gestão societal.
* Por uma
militância de novo tipo – Os desafios e as urgências que enfrentamos
demandam, também, um novo perfil de militância. Um primeiro aspecto a se tomar
em consideração, tem a ver com as novas características formativas demandadas,
em função da natureza dos novos desafios. Ser, em outros contextos, bastava uma
formação extritamente política, em especial referente as relações
Sociedade-Estado, hoje se exige muito mais dessa formação. Não apenas
extender-se a atividade política para além do Estado, necessitando articular essas
relações com as relações da cidadania do dia a dia. Muito mais: sem prejuízode
se trabalhar a dimensão política urge uam formação capaz de responder,
articuladamente, a uma conjunto de desafios experimentados no cotidiano da nova
militância: relações de genêro, relações de etnia, relações geracionais,
relações de espacialidade, relações ecológicas, relações cósmicas, relações com
o Sagrado... Em Breve, uma formação integral, isto é: Do ser humano como um
todo e de todos os seres humanos.
Eis apenas algumas pistas – a não serem jamis tomadas como
receituário! – que entendemos úteis e fecundas a uma sincera retomada de rumo,
de caminhos e de estilo de vida de novo tipo.
João Pessoa, 23 de maio de 2017
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