Palestina: entre a dor e a resiliência
Alder Júlio Ferreira Calado
Sempre esperençando e em busca de outro mundo possível, não podemos ignorar os tempos distópicos que experimentamos, no âmbito internacional, inclusive latino americano (estamos na véspera da eleição presidencial na Argentina, sobre a qual pesa grave ameaça de vitória, em primeiro turno, de um candidato ultra-direitista).
Após décadas de resistência a sucessivos ataques do Estado sionista de Israel, que lhes foi imposto e implatado em seu territorio, e à sua revelia, eis que irrompe, desde o dia 07/10, nova onda de sangrentos conflitos deploráveis iniciados há duas semanas, com os violentos ataques perpetrados pelo Hamas em solo Israelence, desde a Faixa de Gaza, seguidos pela resposta extremamente despropocional de potentes bombardeios por Israel sobre a Faixa de Gaza, onde vem sendo confinada, como se fosse um campo de concentração nazista, uma população de cerca de 2.200.000 de Palestinos.
Em consequência desses potentes bombardeios sobre a população de Gaza, pelo Governo de Israel, já neste 14o dia, além de mais de 4.000 mortes (inclusive de 900 crianças, mulheres e idosos), e milhares de feridos, têm sido destruídos hospitais, escolas, milhares de prédios, vitimando inclusive 16 funcionários da ONU, mantendo-se toda a população privada de água, de energia, de combustível, de medicamentos e até de alimento, o Governo sionista de Israel ainda promete uma devastadora incursão por terra do exército Israelence, sob o pretexto de exterminar o Hamas, mas vitimando também palestinos civil e inocentes.
Por outro lado, não bastasse a sanha devastadora e escandalosamente desproporcional, o Governo sionista de Israel, embora contestado por parte expressiva da própria população Israelense, recebe o apoio incondicional do Governo dos Estados Unidos que já enviou para esta região em conflito dois porta-aviões, cada um com 90 caças, alem de 2.000 combatentes, sob o pretexto de dissuadir aliados da causa Palestina, a manifestarem solidariedade e ajuda aos Palestinos. Enquanto isso, desrespeitando a avaliação da enorme maioria do Conselho de Segurança da ONU, presidido temporariamente pelo Brasil, o Governo dos Estados Unidos não hesita em vetar uma Resolução que garantiria assistência humanitária da ONU, em socorro das vítimas Palestinas na Faixa de Gaza.
A mídia comercial, por sua vez, e a mídia digital de extrema-direita seguem comportando-se como porta vozes do noticiário e das interpretações provenientes de Israel e do Ocidente, a centrarem fogo no Hamas, quase sempre confundindo com a população civil Palestina, ao mesmo tempo em que não poupam esforço de fazer vistas grossas aos crescentes ataques e bombardeios do estado colonial de Israel perpetrando crime hediondo contra a humanidade, em sua busca insana de limpeza étnica. Eis por que cresce nossa responsabilidade de uma leitura crítica desta realidade buscando confrontar esse noticiário com a análise criteriosa fornecida por figuras tais como: Breno Altman, José Arbex, Nathalia Urban, José Reinaldo de Carvalho, Rogério Anitablian, Ualid Rabah, Arlene Clemensha, cujo link segue abaixo para conferir longa entrevista por ela concedida a Breno Altman: https://www.youtube.com/live/EudfhjCtOr0?si=TPjbSHOVDEqY
João Pessoa, 21 de outubro de 2023
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