Propaganda é negócio eficiente
O pior dos produtos vira “bom”
Na política, também, é esse o tom
Com esperteza se engana muita gente
E políticos perdulários seguem em frente
Belas tramas são feitas com boatos
Ganham as telas até os “heróis natos”
Do povão se fazendo amigos nobres
Mas, quem disse que pra servir os pobres
Eu precise tornar-me um candidato?
Senador, Deputado, Presidente
Dão prestígio, poder e privilégio
Cada um rende loas, prêmios régios
Quem já viu essa turma descontente?
Seus problemas resolvem regiamente!
Como fica, porém, quem é do mato?
E quem vive nas ruas em maus tratos?
Não te fies em político! Nâo te dobres!
Pois quem disse que p´ra servir os pobres
Eu precise tornar-me um candidato?
Candidatos corretos… muito poucos!
Exceção sempre há. Ainda bem!
Estes são meia dúzia ou pouco além
Estimar maioria é ficar louco…
Tantos casos não ouve, quem é mouco
Maioria expressiva é de fato
A explorar o povão – sempre cordato
Mesmo assim, deles há quem não se dobre
Mas, quem disse que pra servir os pobres
Eu precise tornar-me um candidato?
Quantos há animando belas lutas!
Há parteiras que andam a salvar vidas
Tantos jovens de mãos enternecidas
Circunstâncias passando, às vezes, brutas
Sempre firmes, alegres na conduta
Sem ganharem um tostão! No anonimato…
´Inda são aos pequenos muito gratos
Deles próprios recebem o que lhes sobre
Pois quem disse que pra servir os pobres
Eu precise tornar-me um candidato?
(Em solidariedade aos protagonistas da Cooperativa de Coletores da Comunidade Marcos Moura, em Santa Rita, e em homenagem a tanta gente anônima por aí espalhada, nas “correntezas subterrâneas”, a fazer acontecer o Reino de Deus entre os desvalidos)
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