É relativamente comum, entre Poetas e Repentistas nordestinos, a expressão de uma ponta de orgulho por sua região. A reverência à terra natal é atitude corrente, não exclusiva dos Nordestinos e Nordestinas. Um rápido passeio pela produção de Poetas e Repentistas é suficiente para se dar conta da profundidade do sentimento pela “terrinha”. No caso do Nordeste, isto é patente: desde o Maranhão à Bahia. Aqui se cultivam terras e gentes, com todo o ardor.
Sentimento ainda mais aguçado, diante de situações de menosprezo ou de discriminação ao povo ou à terra nordestina. Nas estrofes aqui recolhidas, deleitamo-nos com a excelência da poesia produzida e musicada por seus respectivos autores. Quanto à letra, trata-se de uma peça antológica, não apenas quanto às ricas imagens utilizadas, mas também no que concerne à erudição do autor, na composição da mesma. Traço até mais visível em umas estrofes do que em outras. São nove estrofes, das quais – em homenagem à Gente e à terra da Paraíba, onde moramos – nos limitamos a uma delas.
Sentimento ainda mais aguçado, diante de situações de menosprezo ou de discriminação ao povo ou à terra nordestina. Nas estrofes aqui recolhidas, deleitamo-nos com a excelência da poesia produzida e musicada por seus respectivos autores. Quanto à letra, trata-se de uma peça antológica, não apenas quanto às ricas imagens utilizadas, mas também no que concerne à erudição do autor, na composição da mesma. Traço até mais visível em umas estrofes do que em outras. São nove estrofes, das quais – em homenagem à Gente e à terra da Paraíba, onde moramos – nos limitamos a uma delas.
A estrofe recolhida cuida de descrever as excelências da terra paraibana, tomando (como sucede, aliás, em relação às demais estrofes do Poema) a capital como referência privilegiada. A partir daí busca destacaros pontos que considera mais representativos ou pitorescos do Estado, e mais especialmente da capital: acidentes geográficos relevantes, paisagens, monumentos, figuras célebres (em relação à escolha do Autor ou de outrem, não tem que haver necessariamente concordância). Eis o que nos relata e destaca a estrofe escolhida:
“Esmerada cidade de João Pessoa
De Américo, de Alcides, de Zé Lins
Entre as árvores frondosas dos jardins
Um poema de Augusto ainda ecoa
Nas robustas palmeiras da Lagoa
Dão a ti elegância tropical
O teu busto na área litoral
Se arrepia de amor, ouvindo o cântico
Entoado nas ondas do Atlântico
Sua grande presença oriental”
De Américo, de Alcides, de Zé Lins
Entre as árvores frondosas dos jardins
Um poema de Augusto ainda ecoa
Nas robustas palmeiras da Lagoa
Dão a ti elegância tropical
O teu busto na área litoral
Se arrepia de amor, ouvindo o cântico
Entoado nas ondas do Atlântico
Sua grande presença oriental”
No que tange aos traços formais da estrofe escollhida, não há novidade à vista. O estilo escolhido foi, uma vez mais, o “Martelo agalopado”.
In: Alder Julio Ferreira Calado, Florilégio de Estrofes da Poesia Sertaneja
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