Por que seguir acompanhando (também) os passos de Francisco, Bispo de Roma, em sua evangélica peregrinação por terras e com gentes africanas, quando enfrentamos, no Brasil e na América Latina, tantos desafios de monta?
Não valeria mais ocupar-nos da tragédia de Mariana, com seus gigantescos desdobramentos socioambientais profundamente danosos?
Não deveríamos, antes, ocupar-nos dos escândalos incessantes, que só agravam ainda mais nosso estado de crise?
E o que dizer dos dias terríveis que vem atravessando a Venezuela, com consequências para toda a América Latina e o Caribe?
Em poucos dias, estaremos acompanhando o desenrolar do Encontro Internacional sobre os gravíssimos desafios socioambientais, que se produzirá em Paris.
E quanto ao quadro internacional ante ações terroristas de todo tipo?
Pois bem, o que nos move a focar (também) Francisco é que, ao assim proceder, seus gestos, palavras e escritos nos fazem mergulhar também em todos e em cada um desses desafios. Eis uma grande vantagem que resulta do acompanhamento de alguém com a dimensão universal de Franciso, Bispo de Roma! E menos pela sua condição oficial, e bem mais pelos seu efetivo testemunho: nos gestos, palavras e escritos de Francisco se acham amalgamados todos esses desfafios.
Em seu recente encontro com os jovens do Quênia, com os quais ele tratou de dialogar, Francisco, ao partir de suas inquietações concretas, cuidava de fazer ressoar inquietações concretas do nosso mundo – desde a vilência, o terrorismo, a corrupção, o drama das drogas, a pobreza, a perversidade do sistema iníquo sob o qual vivemos…
Curioso é que ele o faz, sempre partindo de fontes evangélicas, donde sua dimensão pastoral universal e profética.
Eis o que também encontramos em sua visita à terra e à Gente de Uganda, seja quando conversa com os catequistas, seja quando celebra a memória dos mártires, tendo a feliz iniciativa de visitar, antes da celebração em ambiente católico, o lugar de martírio de irmãos Anglicanos, numa clara e convincente demosntração e testemunho do que ele quer dizer pela expressão “Ecumenismo de sangue”.
Sugiro que vejam/ouçam seu testemunho, em alguns momentos de sua visita ao Quênia e a Uganda (sua última visita, em terras africanas, será à República Centro-Africana), acessando alguns “links” tais como:
1. Dialogando com os Jovens de Uganda:
https://www.youtube.com/watch?v=VqotRRUQBR0
https://www.youtube.com/watch?v=VqotRRUQBR0
2. Celebrando a memória dos mártires de Uganda:
https://www.youtube.com/watch?v=UbthhHRVe_8
https://www.youtube.com/watch?v=UbthhHRVe_8
3. Reportagem sobre sua mensagem aos Catequistas de Uganda:
http://pt.radiovaticana.va/news/2015/11/28/papa_na_missa_no_uganda_homenagem_ao_ecumenismo_de_sangue_/1190290
http://pt.radiovaticana.va/news/2015/11/28/papa_na_missa_no_uganda_homenagem_ao_ecumenismo_de_sangue_/1190290
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