quinta-feira, 21 de julho de 2016

Sinais de mudanças em curso na Igreja Católica

Sem esperar alterações substantivas imediatas – não saberia dizer onde as mudanças são mais lentas e difíceis, se nas igrejas ou nas estruturas macrossociais -, o certo é que a era Francisco segue inspirando um clima de reforma a não perder de vista.
Nas décadas que sucederam ao Concílio Vaticano II, a impressão que se tinha é que as coisas se mexiam sobretudo na América Latina (Medellín, Puebla, CEBs, Teologia da Libertação, “Igreja na Base”, pastorais sociais, CEBI, um grupo seleto de bispos proféticos, religiosas inseridas no meio popular…). Na presente conjuntura, contudo, sem negar que muita coisa também por aqui acontece (estamos a caminho do XIII Intereclesia das CEBs), avalio que bem mais coisas vêm se passando nos Estados Unidos e na Europa, graças ao protagonismo das Religiosas e das Leigas e Leigos trabalhando em redes.
Notadamente dos anos 90 para cá, constata-se uma tendência crescente de organização, de formação e de mobilização do mundo leigo e do mundo das Religiosas, mais recentemente seguidas por iniciativas corajosas também de padres. Já não se trata de uma iniciativa isolada. Em meados dos anos 90, por exemplo, irrompe, na Áustria, depois irradiando-se por dezenas de países, o IMWAC (International Movement We Are Church), hoje fortalecido com a participação de Leigas e Leigos de países como Alemanha, Inglaterra, Holanda, Espanha, Portugal, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Noruega, África do Sul, Chile, Brasil, entre outros. Um movimento que luta por reformas na Igreja (e na sociedade), seja no campo de sua estrutura, seja no âmbito da gestão, seja no que diz respeito à participação dos Leigos e Leigas nas decisões, seja quanto ao necessário reconhecimento do justo lugar das Mulheres como protagonistas também nas decisões, seja no campo dos direitos humanos ao interno da Igreja Católica, entre outros pontos priorizados.
Nos Estados Unidos, tornou-se bem conhecida a atuação missionária das Religiosas organizadas numa rede de lideranças de distintas congregações, mais conhecida como LCWR, atuando sobretudo entre os mais distintos grupos de pessoas em situação de risco (mulheres, imigrantes, jovens, etc., etc.)
A exemplo destes dois, há dezenas de outros grupos, principalmente os mais diretamente envolvidos com o direito das mulheres na Igreja, como o Católicas pelo Direito de Decidir, com atuação também no Brasil.
Na década atual, despontam também iniciativas corajosas da parte de grupos e organizações de presbíteros, começando pela famasa organização “Pfarrer Initiative”, envolvendo centenas de padres especialmetne nos países de língua alemã. Iniciativa que inspirou diretamente a formação de associações similares na Irlanda, nos Estados na Austrália e em outros países.
A respeito do crescente surgimento de associações de presbíteros, com o propósito de fornecer informações mais recentes (a quem interessar possam), cuido de assinalar “links” importantes de “sites” ou de páginas na Web trazendo farto material sobre a atuação mais recentes de iniciativas semelhantes, em especial na Irlanda:
Association of Catholic Priests:
http://www.associationofcatholicpriests.ie/
Three priests added to Leadership Team of ACP
Presider’s Page for Sun. 3 November (31st Sunday)
Dermot Lane commends and challenges the ACP
ACP report on Yvonne Murphy investigation published
Is Mass, like Confession, becoming ‘the vanishing sacrament’?
Preparatory Document for the Synod on the Family
Government should read review of Murphy Report before launching further investigations
English Catholics are being consulted for the Synod on the Family
Can we civilise the Catholic Internet?

Where does the ACP go from here?

Nenhum comentário:

Postar um comentário