Cinqüenta anos após a abertura do memorável Concílio Vaticano II (1962-1965), cujo abençoado ímpeto de renovação tem sido contido, a ferro e fogo, pela alta hierarquia da Igreja Católica Romana, ecoa, cada vez mais forte, o clamor de renovação, apesar e para além da Cúria Romana e seus empedernidos guardiães. (Sempre que lido com semelhantes histórias, sinto-me remetido à figura de Dom Hélder Câmara, em suas tentativas proféticas junto ao Papa Paulo VI, de que ousasse mexer com as estruturas do Vaticano… Em vão se espere reforma a partir de dentro!).
Eis uma ocasião propícia para um novo balanço dessa caminhada de meio século. Não é este, porém, o propósito dessas linhas. Aqui apenas evocamos, de passagem, o transcurso desse acontecimento, para compartilhar um sentimento de inquietação e de esperança, apesar e para além dos descaminhos experimentados, desde então, por aquelas e aqueles que sonham e se empenham rumo a uma Igreja Povo de Deus, como propunha o Concílio Vaticano II, sobretudo em sua Constituição Lumen Gentium. Não obstante toda a rigidez das seculares estruturas em vigor, anuncia-se, “de fora para dentro”, algo novo que teima em nascer, a despeito da tenaz resistência, por parte dos mantenedores e beneficiários das velhas estruturas, em reconhecerem sua condição de agonizantes… É claro que, à semelhança das grandes transformações macro-sociais, as reformas ao interno das igrejas também tomam tempo, mas virão… se cada segmento se mantiver em estado de busca, fazendo a sua parte.
Nessas notas, cuidamos, primeiro, de sublinhar alguns pontos de convergência entre os pleitos dos cidadãos e cidadãs cristãos-católicos e os destes e doutros cidadãos e cidadãs, em relação à sua/nossa peleja comum pela construção de uma nova sociedade, marcada por um novo modo de produção, de consumo e de gestão, em relação amorosa com o Planeta. Depois, buscamos salientar alguns episódios recentes envolvendo crescentes segmentos de católicos e católicas, em seu clamor por mudança das estruturas pouco ou em nada evangélicas que vigem no modelo de organização e no modo de conduzi-la.
O que se passa ao interno da Igreja Católica e das demais Igrejas Cristãs interage dinamicamente com o que se dá para além dessas fronteiras, inclusive no plano macro-social. As crescentes manifestações massivas pelo mundo inteiro contra as ditaduras e contra as falsas democracias ocidentais nos reavivam a esperança e a luta rumo à construção de um outro mundo possível e necessário.
E já não se trata de mera deposição de velhos ditadores, substituídos por outros de cara nova. O problema é menos com relação ao nome do ditador de plantão, e bem mais com as estruturas e exercício de poder. Em outras palavras: não aos ditadores e, sobretudo, não às ditaduras!
Algo semelhante vale para o caso das falsas democracias ocidentais: seu modo de produção, seu modo de consumo, sua gestão de sociedade, seu modo de relacionar-se com a Mãe-Natureza. Sua grade de valores atenta mortalmente contra o processo de humanização. Sua cega aposta no lucro – de poucos! – ameaça não apenas os Humanos, também o equilíbrio sócio-ambiental. A atenção às mudanças climáticas passa a ser finalmente percebida como bandeira já não exclusiva de ecologistas. Ocorrências fatais se têm produzido em escala global, a olhos vistos, com milhares de mortes e pessoas direta e indiretamente afetadas. Pessoas e paisagens, em diferentes partes do Planeta!
A ganância de acumulação e o estilo perdulário de vida têm gerado, como nunca antes, uma concentração inaceitável de riquezas em mãos de muito poucos. Apenas 500 mega-empresas transnacionis detêm mais da metade das riquezas do mundo. Não dá para aceitar! Nem esse fato, nem os caminhos que têm levado a essa aberração. Basta que se examinem as condições de vida e de trabalho a que são submetidos milhões, dezenas de milhões, centenas de milhões de seres humanos. Basta que se lance um olhar crítico para a estupidez com que se submete a Mãe-Terra, no que tange aos processos de exploração dos bens da Natureza, pelo mundo afora: os megaprojetos – na área do petróleo, da mineração, do desmatamento, do agronegócio, das mega-hidrelétricas, a exemplo da de Belo Monte, etc., etc. Num crescimento econômico genocida, etnocida, ecocida, levado a termo em nome do “progresso”. Mas, progresso de quem? Quem ganha com esse “progresso”? Qual é sua lógica? Em que se tem baseado, senão num modo eticamente pervertido de consumo. Erige-se o consumismo como “o” grande parâmetro de “felicidade”, uma ilusória felicidade, entendida como a satisfação incessante e crescente de bens e serviços, no mínimo, duvidosos: índice de posse de carros por habitante, ou de eletrodomésticos de toda sorte para todos os fins de comodidade… E haja infraestrutura para satisfazer a tais caprichos!
Pouco ou nada se quer saber dos frutos dessa insensatez. Mas, eles aí estão, para quem quiser ver. Aparecem, por exemplo, no tipo de medicina hegemônico, fazendo ouvidos moucos e cerrando-se os olhos a uma história multimilenar da humanidade, por esses caminhos. Em vez de despertar-nos para esse tesouro de saúde, optamos por ser reféns de laboratórios movidos a lucro, fazendo mercadoria da saúde… E, como nos BBBs da vida, há sempre um público obediente a seguir atrás… Outro exemplo: o do insano crescimento do número de automóveis, com famílias a acumularem três ou quatro… E as conseqüências estão bem à vista: trânsito alucinante, crescente número de acidentes diários – verdadeira chacina! -, agravamento das condições climáticas, inclusive pela via de enfrentamento seguida (expandir a infraestrutura viária, em vez de corrigir a política da indústria de transportes, sem esquecer a de motos…
Ainda no plano de gestão de sociedade, o caos se reedita em outros pontos. Dá-se como imutável – e portanto eterno e a-histórico – um modelo de produção, de consumo e de gestão que teve seu lugar durante alguns séculos, mas já não serve – se é que já serviu, antes, para o conjunto dos Humanos e do Planeta… – para atender às grandes necessidades e aspirações de mulheres e de homens deste século e das gerações vindouras. Sistema cuja organização é oligopolizada por grandes conglomerados transnacionais, a cujas políticas econômicas têm-se submetidos as grandes potências e seus satélites, bem como seus organismos multilaterais, representados pelos Estados nacionais e seus aparelhos bem como pela mídia oficial.
As grandes manifestações massivas que se vêm sucedendo, nos quatro cantos do mundo atual – da Tunísa ao Egito; do Chile à Palestina; dos protagonistas do “Ocupem Wall Street” às praças da Grécia, da Espanha e alhures, inclusive no Brasil – dão visibilidade maior ao crescente grau de descontentamento e de revolta populares contra essa “ordem criminosa” – para usar a expressão do sociólogo suíço Jean Ziegler, no documentário “El orden criminal del mundo”, feito com Eduardo Galeano e outros que, em vão, tenta apresentar-se como “a” ordem mundial, ao mesmo tempo em que ousam apontar caminhos novos a perseguir, em mutirão, ainda que em doses moleculares.
É em meio a esse vasto e complexo emaranhado de fatos, acontecimentos, mobilizações e buscas dos cidadãos e cidadãs em ação, no cenário sócio-econômico, em escala mundial, que também se vai tecendo um novo cenário menos perceptível a olhos desarmados: no âmbito das igrejas cristãs, em especial no da Igreja Católica Romana, e em que se vem gestando, desde a periferia, uma mudança semelhante à que se deu em séculos precedentes e durante a chamada Reforma Protestante.
Com sintomas confusos, numa realidade permeada de contradições, com alguns passos para frente e outros mais para trás – a começar pela clara hegemonia presente da alta hierarquia eclesiástica -, aqui e ali, emergem, como em “correntezas subterrâneas”, situações, experiências e iniciativas grávidas de sinais “novidosos” prenunciando/anunciando mudanças substantivas, a médio e longo prazos. Aqui se passa algo semelhante ao que se dá no plano macro-social, em que se observa, ainda em doses moleculares, a gestação de uma nova sociedade, ainda que continuem a imperar os setores e elementos da velha sociedade… Nada estranho ao que costuma ocorrer às grandes mudanças históricas. No caso da Reforma, por exemplo, muito antes do auge alcançado com os inícios da Modernidade, foram acumulando-se lutas durante séculos anteriores…
Há fortes e crescentes sinais de exaustão do atual modelo de organização e de gestão dos serviços da Igreja. Grande tem sido a reação contra medidas que, em vez do diálogo, têm preferido o uso de expedientes autoritários. Basta de repressão! E isto não é novo. Para tanto, nem é preciso remeter-nos a sucessivas medidas punitivas e de controle autocrático emanadas de Roma contra teólogos, teólogas, intervenções em conferências episcopais, reprimendas a bispos simpáticos à Teologia da Libertação, às CEBs, às Pastorais Sociais mais combativas, fechamento ou intervenção em institutos teológicos e seminários, adoção de critérios “seguros” de ordenações, nomeações e transferências de bispos, entre outros expedientes.
Mais recentemente, por meio de uma “Carta Aberta” (de 24 de abril de 2010), o conhecido teólogo Hans Küng – colega de universidade e também perito do Concílio Vaticano II, juntamente com o então teólogo Joseph Ratzinger (depois feito cardeal e atual Papa Bento XVI, que havia concedido ao ex-colega Küng cerca de quatro horas de diálogo – teve a corajosa iniciativa de compartilhar com os bispos católicos de todo o mundo uma “Carta Aberta”, na qual faz referência ao fato de que, em seus cinco primeiros anos de pontificado, Bento XVI “desperdiçou mais oportunidades do que as aproveitou”, lhes propõe respeitosamente seis pontos. Além da oportunidade perdida de exercitar o diálogo ecumênico e inter-religioso, também “Perdeu a oportunidade de fazer do espírito do Vaticano II a bússola para toda a Igreja Católica, incluindo o Vaticano, e assim promovendo as necessárias reformas no interesse da Igreja.”
Nessa mesma Carta Aberta, após afirmar que “O Papa Bento XVI parece cada vez mais afastado da grande maioria dos membros da Igreja, que cada vez têm menos consideração por Roma, e, na melhor das hipóteses, apenas se identificam com a sua paróquia e o seu bispo”, toma a liberdade de lhes propor seis pontos como linhas de ação ao seu alcance.
E o quê propõe aos bispos o teólogo Hans Küng? Apela aos bispos católicos do mundo empenho pessoal, com o propósito de salvar a Igreja do que considera a crise mais grave sofrida pela Igreja desde a Reforma, crise que a tem mergulhado em profunda incredulidade. Apela aos bispos do mundo empenho na defesa de seis pontos:
1. “Não vos mantenhais silenciosos.” Romper o comprometedor silêncio em relação a Roma. E de fazê-lo de público e, ao se dirigirem ao Papa, “Enviai a Roma não declarações de vossa devoção, mas sim pedidos de reformas!”;
2. “Defini reformas.” – Soa inconseqüente queixar-se de Roma, enquanto, no plano local, nada se ousa: “Bispos, padres, leigos ou leigas – todos podem fazer algo, dentro das suas esferas de influência, sejam estas grandes ou pequenas.”
3. “Agi de forma colegiada” – Trata-se de um dos mais relevantes legados do Concílio Vaticano II, aprovado mesmo “contra a persistente oposição da Cúria. Ao decidir pela colegialidade como critério de ação pastoral, o Concílio Vaticano II “Fê-lo no sentido dos Actos dos Apóstolos, nos quais Pedro não actuava sozinho sem a assembléia dos apóstolos. Mas na era pós-conciliar o Papa e a Cúria têm ignorado este decreto.”
4. “Obediência incondicional é devida apenas a Deus.” – A despeito do juramento de obediência incondicional feito ao Papa, “sabeis que tal obediência incondicional nunca pode ser dirigida a qualquer autoridade humana, apenas pode ser dada a Deus.”
5. “Trabalhai em prol de soluções regionais.” – Dada a hermética posição de Roma, em vão se espera abertura para soluções de problemas concretos que têm a ver com situações concretas, em âmbito também local e regional. E sugere um exemplo de solução em âmbito regional: “Quando um padre, após matura consideração, deseja casar-se, não há razão para que automaticamente se demita do seu lugar, se o seu bispo e a sua paróquia decidirem continuar a apoiá-lo.”
6. “Pedi um Concílio.” – Como em outros momentos, ante o acúmulo de problemas, se sentiu necessidade de se organzar um Concílio, “também agora é necessário um concílio para resolver os problemas que se avolumam dramaticamente e que clamam por uma reforma.”
Eis um resumo dos seis pontos propostos pela ainda recente (24/10/2010) Carta Aberta dirigida por Hans Küng aos bispos católicos do mundo. Ao profético apelo de Hans Küng, por outro lado, importa ter presente toda uma sucessão de iniciativas, de abaixo-assinados, de petições, de protestos, de manifestos (alguns dos quais, inclusive, ainda mais recentes do que a referida Carta Aberta) protagonizados por diferentes sujeitos eclesiais (individuais e coletivos), envolvendo desde figuras de leigas, leigos, religiosas, religiosos, diáconos, presbíteros e alguns bispos a organizações diversas, inclusive o Movimento Internacional Somos Igreja (em Inglês, International Movement We are Church – IMWAC).
Tomemos aqui este último como foco mais direto de nossas considerações. Pensando em quem eventualmente ainda não o conhece, sobre o IMWAC seguem algumas informações elementares. Surge como expressão do crescente descontentamento e indignação de centenas de milhões de católicos espalhados pelo mundo diante dos descaminhos ditados pela alta hierarquia eclesiástica à condução colegiada do mundo católico. Tendência que se vem acentuando consideravelmente ainda nos anos 70, sobretudo a partir do pontificado do Papa João Paulo II. Descaminhos em relação ao espírito do Concílio Vaticano II, diante de uma série de questões, tais como: diálogo com os valores da modernidade, ecumenismo, moral sexual, tomada autoritária de decisões, lugar das mulheres na Igreja, manutenção da lei do celibato, entre outras.
O IMWAC surgiu em 1977, na Áustria, espalhando-se depois por vários países europeus e norte-americanos, além de alguns países latino-americanos, especialmente no Chile, por meio do “Somos Iglesia – Chile”. O IMWAC tem como aspirações fundamentais: “uma Igreja de amor, na qual todos sejam igualmente aceitos”; “uma Igreja Católica (isto é, universal), à qual toda pessoa é bem-vinda com suas experiências de vida pessoal, com suas imagens de Deus e desejando viver em comunidade”: “uma Igreja que afirma a criação de Deus, que age de modo conciliador e reflete o amor incondicional de Jesus Cristo por toda a humanidade”: “uma Igreja comprometida com a justiça e a paz, que se faz solidária com os excluídos do mundo no centro de suas ações”.
Em sua conhecida “Petição do Povo de Deus”, figuram cinco eixos a caracterizarem o perfil do IMWAC:
· “A construção de uma Igreja de irmãos e irmãs que reconhece a igualdade de todos os batizados, inclusive a inclusão do Povo de Deus na eleição dos bispos em suas igrejas locais.
· A igualdade de direitos entre homens e mulheres, inclusive a admissão de mulheres para todos os ministérios eclesiais.
· Liberdade de escolha tanto da vida celibatária como da vida de casados para todos os que se dedicam ao serviço da Igreja.
· Atitude positiva diante da sexualidade e o reconhecimento da consciência pessoal na tomaa de decisão.
· Mensagem de alegria, não de condenação, incluindo o diálogo, a liberdade de expressão e de pensamento, sem anátemas e sem exclusões como modos de resolver os problemas, em especial em relação aos teólogos.”
· A igualdade de direitos entre homens e mulheres, inclusive a admissão de mulheres para todos os ministérios eclesiais.
· Liberdade de escolha tanto da vida celibatária como da vida de casados para todos os que se dedicam ao serviço da Igreja.
· Atitude positiva diante da sexualidade e o reconhecimento da consciência pessoal na tomaa de decisão.
· Mensagem de alegria, não de condenação, incluindo o diálogo, a liberdade de expressão e de pensamento, sem anátemas e sem exclusões como modos de resolver os problemas, em especial em relação aos teólogos.”
A partir desses cinco pontos, conclui o Manifesto do IMWAC, “Aqui nos manifestamos por todas essas pessoas. Falamos em seu nome, e declaramos que daremos continuidade a essa jornada dentro da Igreja Católica. Temos um sonho, de que o terceiro milênio vai começar com um verdadeiro Concílio ecumênico de todas as Igrejas Cristãs, respeitando-se mutuamente como iguais, em busca de paz e amizade entre si. Será um Concílio marcado pelo diálogo e pelo respeito por todas as religiões – a serviço do mundo. Apoiamos a convocação para um Concílio Mundial de Igrejas, para lançar, em 2000, um processo que conduza a um verdadeiro Concílio universal.”
Os vários núcleos componentes do IMWAC, em distintos países, reúnem periodicamente, em assembléia. O próximo Encontro deverá ocorrer em Lisboa,m outubro vindouro. Também no Brasil, há um núcleo do IMWAC, do qual fazemos parte (cf. http://kairosnostambemsomosigreja.blogspot.com/).
Eis um aceno das possibilidades de mudança, em curso. Possibilidades que, sem prejuízo dos necessários avanços e aprofundamento, já se acham molecularmente perceptíveis aos nossos olhos, em diferentes lugares desse mundo. Inclusive na América Latina. No Brasil, por exemplo, não dá para subestimar a ação dessas “correntezas subterrâneas” que fazem seu trabalho, de modos variados, numa considerável diversidade de ações, com distintos ritmos, mas sempre guardando traços de uma unidade comum: o sentimento de igualdade entre os partícipes – mulheres e homens, a promoção do protagonismo de todos nas ações dentro e fora do mundo eclesial, a abertura ao diálogo com as demais igrejas cristãs e tantas expressões religiosas, o compromisso com a justiça e a profecia (tema que já está sendo trabalhado pelas CEBs, em vista de seu próximo Intereclesial) e, sobretudo, o compromisso com a causa libertadora dos pobres, os preferidos de Jesus de Nazaré e do Seguimento a que Ele chama Seus discípulos e discípulas, de ontem e de hoje, chamados a participar da construção de um novo mundo, possível e necessário.
Uma nova Reforma em gestação… Processo longo. Pode demandar décadas, talvez séculos, mas as sementes desse processo se acham espelhadas e fazendo seu trabalho em terra boa, de modo que, aqui, ali, já se apresentam alguns brotos… Como sucede nas grandes transformações históricas, não se deve trabalhar com prazos pré-estabelecidos. As coisas vão se fazendo, enquanto se caminha… até o parto!
João Pessoa, 24 de janeiro de 2012, véspera da festa da conversão de Paulo, apóstolo.
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